O cenário de segurança e defesa nacional do Brasil está prestes a experimentar um avanço significativo com a implantação de uma nova estação radar em Presidente Prudente, São Paulo. Este projeto, conduzido pela Omnisys, empresa brasileira de defesa e membro ativo da Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS), em parceria com a Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), reflete não apenas o compromisso com a inovação tecnológica, mas também a dedicação contínua à soberania e à segurança do espaço aéreo nacional.

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Avanços Tecnológicos e Operacionais

Equipada com os radares de última geração LP23SST-NG e RSM970S-NG, a estação de Presidente Prudente representa o que há de mais avançado em tecnologia radarística. Desenvolvidos e fabricados pela Omnisys em São Bernardo do Campo, esses radares destacam-se pela capacidade excepcional de detectar aeronaves tanto cooperativas quanto não-cooperativas, um diferencial crucial para a eficácia da vigilância aérea em um país de dimensões continentais como o Brasil.

Impacto na Segurança Aérea e Nacional

A implementação desta estação radar vai além do aprimoramento tecnológico; ela é uma peça-chave na estratégia de defesa e segurança nacional. Com a capacidade de detectar tráfegos não autorizados e atividades ilícitas com alta precisão, a estação contribuirá significativamente para a proteção do espaço aéreo brasileiro, especialmente nas regiões sul e centro-oeste do país, áreas críticas para a vigilância devido às suas vastas fronteiras e à diversidade de atividades que nelas ocorrem.

Compromisso com a Inovação e a Soberania Nacional

O investimento na estação radar de Presidente Prudente simboliza o comprometimento da Omnisys e do CISCEA com a inovação contínua e o fortalecimento da indústria nacional de defesa. A produção local dos radares pela Omnisys, subsidiária da Thales no Brasil, não só reafirma o papel do país como um protagonista no cenário de tecnologia aeroespacial, mas também sublinha a importância da autonomia tecnológica para a segurança nacional.

Perspectivas Futuras

A integração futura do sistema IFF (Identification, Friend or Foe) ao radar secundário, operando no modo seguro nacional (Modo 4 NSM), é um indicativo do planejamento estratégico e da visão de longo prazo que orientam o projeto. Essa capacidade adicional reforçará ainda mais a eficácia das operações de vigilância, garantindo um espaço aéreo mais seguro e protegido contra ameaças internas e externas.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).