A Infantaria da Aeronáutica, complementando a atividade fim da Força Aérea Brasileira (FAB), é a força de combate terrestre que garante a segurança, em solo, das “Asas que protegem o País”.  Ao longo dessas oito décadas de existência, a Infantaria da Aeronáutica vem buscando o aperfeiçoamento de suas atividades, por meio da capacitação especializada da tropa, do desenvolvimento de sua doutrina de emprego e da consolidação de suas áreas de atuação.

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A Infantaria da FAB possui três áreas de atuação básicas: Segurança e Defesa, Defesa Antiaérea e Operações Especiais, cada uma delas agrupando um conjunto de Ações de Força Aérea específicas.i21113016095901454

A ação de Autodefesa de Superfície (ADS), que faz parte da Segurança e Defesa, consiste em empregar Meios de Força Aérea para detectar, identificar e neutralizar ataques realizados por forças oponentes contra áreas sensíveis e pontos sensíveis de interesse da Força Aérea. Essa ação, com viés de emprego em situações de crise ou de conflito armado, completa o tripé da Segurança e Defesa atribuída à Infantaria da Aeronáutica, junto às ações de Polícia da Aeronáutica e de Segurança das Instalações.

No ano de 2016, teve início o desdobramento normativo relacionado à Autodefesa de Superfície, com o planejamento da autoproteção dos Meios de Força Aérea e da aquisição dos equipamentos compatíveis com o emprego em Operações de Garantia da Lei e da Ordem, bem como a implementação da doutrina de ADS associada à Capacidade Militar Aeroespacial de Proteção da Força.i21113016100208217

A implementação dos Esquadrões de Autodefesa de Superfície, empregando tropa especializada, em prol da defesa das instalações aeronáuticas, remete à atuação em um ambiente mais amplo e complexo, envolvendo a presença de um oponente hostil, disposto a infringir danos à capacidade de operação de nossos vetores aéreos, quando em sua condição mais vulnerável: estacionados ou operando em solo, bem como nas manobras de pouso e de decolagem.

“O recebimento de novos vetores estratégicos, como o F-39 Gripen e o KC-390 Millennium, a consolidação do Centro de Operações Espaciais e a implementação do Centro Espacial de Alcântara são exemplos que demandarão um esforço contínuo da Infantaria em prol do aperfeiçoamento doutrinário e tecnológico, mantendo sempre em mente o compromisso de defender na terra o domínio do ar”, destacou o Chefe da Subchefia de Segurança e Defesa do Comando de Preparo, Brigadeiro de Infantaria Marcelo Rosa Costa.

i21113016100404009O Primeiro Esquadrão de Autodefesa de Superfície, com implantação prevista para ocorrer no Grupo de Segurança e Defesa de Manaus (GSD – MN), tem seu emprego operacional organizado em cinco subsistemas interdependentes (Armas; Vigilância e Alarme; Mobilidade; Comunicações; e Equipamentos Individuais), contando com o Centro de Operações de Autodefesa de Superfície para o comando e controle das operações táticas desencadeadas no terreno.

80 anos da Infantaria

i21113016100601528A história da Infantaria da Aeronáutica confunde-se com a da Força Aérea Brasileira, surgindo, praticamente, com a criação do Ministério da Aeronáutica, no início da Segunda Guerra Mundial, contando com a participação direta de três Sargentos de Infantaria de Guarda na segurança terrestre do Primeiro Grupo de Caça, no período de 1943 a 1945, na Itália.

No ano de 2021, a Infantaria da Aeronáutica comemora seus oitenta anos, no dia 11 de dezembro. O dia foi instituído por meio da Portaria n° 0954/GM3, de 13 de julho de 1984, em alusão ao ano de 1941, quando, nessa data, foi publicado o Decreto-Lei nº 3.930, criando as seis primeiras Companhias de Infantaria de Guarda, instaladas nas Bases Aéreas brasileiras de Belém (PA), Fortaleza (CE), Galeão (RJ), Natal (RN), Recife (PE) e Salvador (BA).

Fotos: COMPREP

Marcelo Barros, com informações da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).