Importância da Aviação de IVR na Operação Yanomami

Toda informação é utilizada para produção de conhecimento sobre o terreno, a exemplo da análise de imagens coletadas por sensores embarcados em aeronaves

Coleta e análise de informações para melhorar a eficiência e efetividade das operações. São com estas atribuições que os trabalhos da Inteligência Operacional acontecem junto ao Comando Operacional Conjunto Amazônia (Cmdo Op Cj Amz), que comanda as missões da Operação Escudo Yanomami 2023, deflagrada em terras indígenas Yanomami, em Roraima (RR), há quase 25 dias.

A interoperabilidade, neste formato de missão, é essencial por envolver militares da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB), cada um aplicando suas metodologias operacionais em prol da inteligência. Os dados coletados são por meio de satélites e aeronaves de reconhecimento.

No contexto da Operação Escudo Yanomami, toda e qualquer fonte de informação é utilizada para produção de conhecimento sobre o terreno, a exemplo da análise de imagens coletadas por sensores embarcados em aeronaves, como no R-99 e no E-99, pertencentes à Aviação de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR) da FAB. Assim, monta-se um cenário para facilitar o cumprimento das missões, de modo que os dados obtidos sejam utilizados para assessorar as ações de transporte logístico e inteligência nas Terras Indígenas Yanomami.

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“A atividade de inteligência é fundamental para o adequado assessoramento às decisões do Comandante Operacional Conjunto, no emprego dos meios adjudicados. Nada é feito isoladamente, sempre contamos com a sinergia entre as Forças Armadas, Polícia Federal e Agências para proporcionar o apoio necessário às comunidades indígenas e à ajuda humanitária, dentro das Terras Yanomami”, complementa o Chefe da Célula de Inteligência do Cmdo Op Cj Amz.

Na FAB, modernas aeronaves de Sensoriamento Remoto foram incorporadas nos anos 2000, com a finalidade de atuação no cenário amazônico para, oportunamente, gerar assessoramento com dados coletados por sensores embarcados do tipo Radar de Abertura Sintética, óptico, multiespectral e Infravermelho.

Atuação da Aviação de IVR na Operação Yanomami

O levantamento minucioso de dados de inteligência e o monitoramento de áreas de interesse são algumas das atividades realizadas pela Aviação de IVR da FAB. Os esquadrões são os olhos da FAB que, do alto, compartilham o desafio de detectar ameaças, assim como proteger e integrar o território nacional.

São utilizados sensores de última geração, cujas características possibilitam o reconhecimento de alvos em profundidade, não se limitando ao reconhecimento de imagens. As aeronaves E-99 são empregadas em missões de Controle e Alarme em Voo, enquanto que os R-99 realizam diversas missões de Reconhecimento Aéreo. Ambas estão em atuação na Operação Escudo Yanomami 2023, decolando da Base Aérea de Boa Vista (BABV).

Fotos: DCTA e Sargento Lucas / CECOMSAER

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).