Foto: Leonardo Marques - ASCOM/MCTI

O vice-presidente Hamilton Mourão e o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, estiveram nesta segunda-feira (30), com outras autoridades do governo federal visitando o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), unidade de pesquisa do MCTI com sede em São José dos Campos (SP). Na ocasião o general Mourão conheceu o Satélite Amazonia 1 com lançamento ao espaço previsto para o primeiro trimestre de 2021 e que será mais uma importante ferramenta para ajudar o governo no combate ao desmatamento na Amazônia.

O satélite terá a missão de fornecer dados (imagens) de sensoriamento remoto para observar e monitorar o desmatamento, especialmente na região amazônica. Com seis quilômetros de cabos e 14 mil conexões, o Amazônia 1 será o terceiro satélite brasileiro de sensoriamento remoto junto ao CBERS-4 e ao CBERS-4A.

“O satélite Amazonia 1 muito nos orgulha por ter sido desenvolvido e produzido no país. Demonstra a capacidade da indústria e tecnologia nacional”, elogiou o diretor do Inpe, Clézio de Nardin.

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A comitiva liderada pelo vice-presidente visitou os laboratórios do Inpe onde o satélite passou por inúmeros testes necessários antes do lançamento que será realizado na Índia. Mourão conheceu outros projetos do Instituto e destacou que o governo precisa buscar parcerias com a iniciativa privada para melhorar ainda mais a infraestrutura e as pesquisas do Inpe.

Prodes

Durante a visita também foram apresentados os dados preliminares do Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes). O projeto realiza o monitoramento por satélites do desmatamento na Amazônia Legal. Identificação e mapeamento das áreas desmatadas na Amazônia Legal Brasileira. Os dados foram apresentados pelo coordenador do Programa Amazônia do Inpe, Cláudio Almeida. Havia uma estimativa de aumento de 20% do desmatamento na região se comparado ao ano anterior. Porém, o valor ficou em 9,5%. O valor final consolidado tem a previsão de ser divulgada entre maio e junho de 2021. “Pode haver uma pequena variação de uns 4%, mas temos uma confiança acima de 95% nos números que estão sendo apresentados hoje”, adiantou Almeida.

O ministro Marcos Pontes aproveitou para destacar o trabalho realizado pelos pesquisadores do INPE. “Tenho orgulho do trabalho desenvolvido anualmente pelo INPE com uma equipe muito qualificada. Os dados são auditados e por traz deles existe um trabalho muito intenso. É importante ressaltar que com relação aos anos anteriores já vemos uma redução da tendência de subida o que é muito importante”, avaliou.

Para Mourão o resultado provisório do Prodes demonstra que o governo deve manter os trabalhos na busca constante para a redução dos índices de desmatamento. “Não estamos aqui para comemorar nada disso porque isso não se comemora. Mas isso significa que os esforços que estão sendo empreendidos começam a render frutos”, analisou.

Mourão que é também o titular do Conselho Nacional da Amazônia Legal ressaltou que o governo tem o conhecimento que desmatamentos ocorrem basicamente em quatro estados. No Pará, no norte do Mato Grosso, no sul do Amazonas e em Rondônia. “Só no Pará temos 47% da área total de desmatamento. Graças ao trabalho feito pelo Inpe temos a noção perfeita de onde nós devemos priorizar nossas ações para impedir que as ilegalidades ocorram”, afirmou.

Mourão também divulgou ter conhecimento que 45% do desmatamento ocorre em áreas de propriedades devidamente consolidadas e 30% em áreas públicas, terras que não são unidades de conservação, nem terras indígenas nem foram vendidas para particulares. “Isso configura a mais flagrante de todas as ilegalidades e é tarefa nossa de combater isso com todos os meios que temos a nosso dispor”, garantiu.

O vice-presidente explicou que o objetivo do governo é que o desmatamento seja apenas o previsto em lei no qual o proprietário tem o direito de desmatar até 20% da área total de sua propriedade. “Vamos prosseguir neste trabalho, usando a ciência, a tecnologia com inovação apoiando os trabalhos das entidades responsáveis pela fiscalização ambiental federais e estaduais”, finalizou.

Fonte: MCTI

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).