Guerra das Malvinas
Plaza San Martín - Monumento a los caídos en Malvinas - Wally Gobetz

Guerra das Malvinas (em espanhol Guerra de las Malvinas; em inglês Falklands Conflict) foi um conflito travado entre Argentina e Reino Unido pela posse das Ilhas Malvinas, e que ocorreu de abril a junho de 1982, terminando com a vitória dos britânicos, que reafirmaram sua soberania sobre o pequeno conjunto de 778 ilhas localizado no Atlântico Sul, a 463 km da costa argentina.

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As Malvinas contam um território de 12.173 km², e tinham uma população de cerca de 1800 habitantes à época. Mesmo com números tão pouco expressivos, a retomada das ilhas sempre fez parte da agenda política argentina e constitui até hoje uma questão de orgulho nacional para seu povo. Várias tentativas de ocupação foram feitas até 1767, quando a Espanha adquiriu os direitos da pequena colônia instalada pelos franceses, e colocou-a sob administração da Governação do Rio da Prata. Três anos depois os espanhóis expulsam os habitantes de um pequeno povoado instalado em Port Egmont. A guerra entre as duas potências é evitada quando a Espanha aceita o retorno dos ingleses. Em 1820 a fragata Heroína, com bandeira das Províncias Unidas do Rio da Prata (futura Argentina) desembarca nas ilhas e seu capitão reclama sua soberania para o país. O teuto-argentino Luis Vernet busca colonizar de modo definitivo as ilhas, e pede proteção tanto a argentinos quanto a britânicos. Em 1833, após várias tentativas atribuladas dos argentinos de colonizarem as ilhas, elas são tomadas pelos britânicos, que decidem instalar ali uma colônia, tornando-se um importante ponto de parada em meio à navegação pelo Cabo Horn.

A partir da segunda metade do século XX os protestos argentinos pela devolução das ilhas ficam cada vez mais intensos ante a negativa de Londres, que sempre barra as negociações com a afirmação de que os habitantes locais preferem a continuação da soberania britânica nas ilhas. Com a instalação da ditadura militar na Argentina em 1976, o tema começou a ser bastante explorado, especialmente após a queda de popularidade do regime no início da década de 80, em meio a uma grave crise econômica. Uma eventual vitória sobre os britânicos ajudaria bastante a revitalizar o governo. No plano político internacional, os argentinos acreditavam que teriam o apoio dos Estados Unidos para reaver o território das Malvinas ou que os ingleses iriam abrir mão da ilha por meio de uma rápida negociação diplomática.

Assim, Leopoldo Galtieri, chefe de estado argentino, lança uma invasão às ilhas em abril de 1982 e tomam a capital do arquipélago, Stanley. Logo em seguida, os argentinos tomariam outra ilha do Atlântico sul, também de possessão britânica, South George.

No final de abril, 28 mil soldados em cem navios chegaram ao arquipélago para defender seus habitantes, considerados pela primeira-ministra britânica Margareth Thatcher parte da “tradição e reserva britânica”. A Argentina contava com uma tropa com 12 mil soldados nas ilhas e cerca de 40 navios. Com números bastante desfavoráveis e mal equipados, os argentinos foram forçados a se retirar das ilhas, com 75 dias de guerra. Ao todo, 258 britânicos e 649 argentinos morreram.

Bibliografia:
NAVARRO, Roberto. O que foi a Guerra das Malvinas?. Disponível em <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-foi-a-guerra-das-malvinas>. Acesso em: 24 abr. 2012.

Entenda a Guerra das Malvinas. Disponível em <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/04/entenda-guerra-das-malvinas.html>. Acesso em: 24 abr. 2012.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).