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O Grupo Akaer faz parte de um dos mais importantes projetos científicos em desenvolvimento no mundo, o Deep Underground Neutrino Experiment (DUNE), através da empresa Equatorial Sistemas. Inserida na primeira fase do projeto, a indústria foi convidada para uma visita técnica ao Fermilab (Fermi National Accelerator Laboratory), sede do programa, em Chicago (EUA).

Além da Equatorial, outros integrantes brasileiros também terão a oportunidade de conhecer o laboratório em dezembro. A visita às instalações do Fermilab é uma chance dos profissionais da Equatorial se inteirarem, in loco, das atividades em andamento do DUNE. O objetivo do programa é descobrir novas propriedades dos neutrinos – partículas elementares sem carga de tamanho extremamente pequeno que viajam a uma velocidade muito próxima à da luz. 

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O Fermilab é um laboratório especializado em física de partículas de alta energia vinculado ao Departamento de Energia dos Estados Unidos. A Equatorial Sistemas está no projeto por meio de um convênio com o Instituto de Física “Gleb Wataghin” (IFGW) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas/SP) e em colaboração com o Fermilab. A participação tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

A empresa do Grupo Akaer está envolvida no desenvolvimento de uma parte essencial do projeto – o equipamento inédito para purificação de argônio líquido. A terra é atravessada regularmente por trilhões de neutrinos, partículas existentes desde os primeiros tempos do universo e produzidas por fontes como o próprio Sol. Eles são, porém, de detecção muito difícil e, por isso mesmo, ainda pouco entendidos. Para os pesquisadores, eles serão parte de grandes descobertas na Física nos próximos anos.

O grande destaque tecnológico do DUNE é que o sistema de detecção se baseará no uso de argônio líquido. E para isso, o sistema de detecção (DUNE Photon Detection System) é fundamental, pois será por meio da cintilação produzida pela passagem dos neutrinos através de tanques de argônio líquido, que será possível gerar informações sobre a formação do universo e a estrutura do mundo material.

Um dos projetos conduzidos pelos pesquisadores brasileiros refere-se ao sistema de detecção de luz chamado Arapuca, um dispositivo para coletar sinais de luz em frequência muito baixa emitida pelos detectores do DUNE. E é aqui que começa o grande desafio científico e de engenharia nesse programa. Para manter o líquido, tem de baixar a temperatura e depois purificar o argônio, pois as impurezas podem afetar a detecção das partículas e inviabilizar o experimento. O Brasil, sob liderança da Unicamp, estuda a purificação, filtragem e regeneração de argônio líquido para os detectores de neutrinos.

O DUNE está dividido em duas partes. A primeira, em fase de conclusão, inclui as atividades de P&D, estudos preliminares, testes, construções de protótipos para a optimização de purificação, regeneração e condensação de argônio em larga escala. Após avaliação dessa etapa, a fase 2 incluirá engenharia, projeto, construção, testes, despacho e entrega de componentes.

A Equatorial Sistemas, do Grupo Akaer, participa do estudo junto com a Unicamp, fornecendo o suporte de engenharia necessário em toda a primeira etapa do projeto. A indústria recebeu apoio para o desenvolvimento da pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, por meio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE).

“O DUNE é um projeto de uma envergadura enorme porque vai além da descoberta sobre porque vivemos em um universo dominado pela matéria. É a oportunidade de gerar descobertas para inúmeras outras áreas. Para o Grupo Akaer, o programa representa um avanço de qualidade e de tecnologias envolvendo baixas temperaturas, alta confiabilidade e complexidade em escala enorme. E esse avanço não seria possível senão fosse estarmos nesse programa, aprimorando a expertise do grupo, através da Equatorial Sistemas. Com a visita ao Fermilab, em dezembro, vamos trazer informações técnicas importantes para elaborarmos propostas e participarmos também da segunda fase do projeto”, destacou o CEO da Equatorial, Cesar Ghizoni.