Fuzileiros Navais celebram 217 anos de história e tradição

Foto: Luiz Camões (Defesa em Foco)
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O Corpo de Fuzileiros Navais celebra, neste 7 de março, 217 anos de serviços prestados à Nação brasileira. Desde os tempos coloniais, a tropa mantém sua essência anfíbia e expedicionária, atuando na segurança marítima, no combate a ilícitos e no apoio à população em calamidades. Em um mundo em constante transformação, os Fuzileiros Navais seguem firmes em sua missão, prontos para enfrentar qualquer desafio, na paz ou na guerra.

A História e a Tradição dos Fuzileiros Navais

Comandante da Marinha em revista a tropa – Foto: Luiz Camões (Defesa em Foco)

A origem dos Fuzileiros Navais remonta a 1808, quando a família real portuguesa chegou ao Brasil escoltada por tropas especializadas na guerra anfíbia. Desde então, a tropa consolidou seu papel como força estratégica de pronto emprego, apta a operar em terra e no mar.

Antes mesmo de sua oficialização no país, a tradição dos Fuzileiros já estava presente na história militar luso-brasileira. Em 1620, os antecessores dessa tropa participaram de seu primeiro batismo de fogo ao integrarem uma força expedicionária que desembarcou em Salvador para expulsar os invasores holandeses. Já em 1817, os Fuzileiros Navais estiveram na linha de frente da Revolução Pernambucana, reafirmando sua capacidade operacional e adaptabilidade a diferentes cenários de combate.

Ao longo dos séculos, os Fuzileiros Navais atuaram em momentos decisivos da história do Brasil, desde a Guerra do Paraguai até missões de paz no exterior. Essa trajetória de coragem, disciplina e profissionalismo consolidou o Corpo de Fuzileiros Navais como uma tropa de elite da Marinha do Brasil.

A Atuação dos Fuzileiros Navais na Atualidade

Atualmente, os desafios enfrentados pelos Fuzileiros Navais são tão complexos quanto aqueles do passado. Em um cenário global de incertezas e ameaças crescentes, a tropa se mantém em constante prontidão, operando nos quatro campos do poder naval: defesa naval, segurança marítima, apoio às ações do Estado e diplomacia naval.

Entre suas principais missões, destaca-se a proteção da Amazônia Azul, uma área marítima de 5,7 milhões de km², rica em recursos naturais e fundamental para a economia do país. Para isso, os Fuzileiros Navais realizam operações anfíbias e ribeirinhas, garantindo a segurança da costa brasileira e de suas hidrovias estratégicas.

Além da defesa nacional, a tropa também desempenha um papel essencial no apoio à população brasileira. Nos últimos anos, os Fuzileiros Navais estiveram presentes em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), na prevenção de crimes ambientais na Amazônia e no socorro a comunidades afetadas por desastres naturais, como os incêndios no Pantanal e as enchentes no Sul do país.

Modernização e Futuro do Corpo de Fuzileiros Navais

Diante dos avanços tecnológicos e da evolução dos conflitos modernos, o Corpo de Fuzileiros Navais está em processo contínuo de modernização. O foco está na aquisição de novos equipamentos, no aprimoramento de táticas e na ampliação da capacidade operacional da tropa.

Entre os projetos estratégicos, destaca-se o fortalecimento das operações anfíbias e ribeirinhas, garantindo que os Fuzileiros Navais estejam preparados para atuar em qualquer ambiente, seja na selva amazônica, no litoral ou em operações internacionais. O investimento em tecnologias disruptivas, como inteligência artificial e veículos autônomos, também faz parte do plano de modernização da Força.

A cooperação internacional tem sido outro pilar essencial para o futuro da tropa. Em 2023, os Fuzileiros Navais participaram do 4º Simpósio Internacional das Tropas Anfíbias, reunindo líderes de dez dos principais Corpos de Fuzileiros Navais do mundo. Além disso, a unidade de Força de Emprego Rápido da ONU, composta por Fuzileiros brasileiros, renovou sua certificação de prontidão nível 3, o mais alto patamar dentro das Forças de Paz.

Mesmo diante de desafios orçamentários, os Fuzileiros Navais seguem buscando novas parcerias e soluções inovadoras para garantir sua capacidade operacional. Em 2024, um projeto conjunto com o BNDES visa a criação de uma unidade especializada em resposta a desastres naturais, ampliando o papel humanitário da tropa.

Sempre prontos, sempre presentes

Ao longo de 217 anos, o Corpo de Fuzileiros Navais consolidou-se como uma tropa de elite, sempre pronta para defender o Brasil e apoiar sua população. Inspirados pelo lema “Ad sumus” (Aqui estamos), os Fuzileiros seguem enfrentando desafios com profissionalismo, honra e determinação.

Na paz ou na guerra, eles continuam sendo a linha de frente da Marinha do Brasil, protegendo a soberania nacional e marcando presença em momentos cruciais da história do país.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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