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Quando os primeiros acordes ecoaram na orla de Ipanema, os olhos de Lucas, de apenas dois anos, brilharam. Ao lado da mãe e cercado por centenas de pessoas, ele viu os Fuzileiros Navais formarem um coração e se juntarem à causa que luta por um mundo com menos preconceito. A participação da Marinha do Brasil na Caminha Down 2025 traduziu em gestos e música o compromisso com a inclusão e o apoio às famílias.
Caminhada pela inclusão mobiliza sociedade civil e militares
Com o lema “Todos juntos! Ninguém fica de fora”, a orla da Praia de Ipanema se transformou em palco de um dos mais simbólicos eventos de conscientização do país: a Caminha Down 2025. Promovida por ONGs, voluntários e órgãos públicos, a ação reuniu pessoas com Síndrome de Down, familiares, profissionais da saúde e grupos de apoio, todos unidos por um objetivo comum — o respeito e a garantia de direitos.
A presença da Marinha do Brasil, por meio do Corpo de Fuzileiros Navais, acrescentou um tom especial à caminhada. Em meio às famílias, a Banda Marcial levou emoção ao público com músicas que tocaram o coração dos presentes. Ao final da apresentação, os músicos formaram um grande coração e interagiram com as crianças e seus familiares — um gesto simples, mas de imenso significado para quem luta diariamente pela inclusão.
Estrutura militar reforça compromisso com causas sociais

A participação dos Fuzileiros Navais foi cuidadosamente planejada. Além da Banda Marcial, o evento contou com a presença do Pelotão de Motociclistas Militares, que chamou atenção com suas Harley-Davidson Road King Police, uma atração à parte para os pequenos. Também foram montadas barracas com atividades infantis, e distribuídos materiais educativos sobre a importância da inclusão.
Segundo o Capitão de Mar e Guerra (Fuzileiro Naval) Flavio Lamego Pascoal, o engajamento dos militares na campanha reforça o papel social das Forças Armadas. “Estarmos aqui hoje é motivo de orgulho. É também uma oportunidade de mostrarmos que os Fuzileiros estão prontos para servir não só nas missões de defesa, mas também no apoio à sociedade e às causas nobres como esta”, afirmou o oficial.
Famílias celebram visibilidade e acolhimento
Entre as centenas de participantes estava Fernanda D’Ávila Corrêa, servidora pública, que levou o filho Lucas, de apenas dois anos, à caminhada. Ela destacou a importância do evento para a visibilidade das pessoas com deficiência. “Essas ações fazem com que nossos filhos sejam vistos, lembrados e incluídos. O apoio dos Fuzileiros mostra que essa é uma luta de todos”, comentou emocionada.
A caminhada não apenas sensibilizou os presentes, mas também ampliou o debate público sobre a inclusão de pessoas com deficiência intelectual. A forte interação entre os militares e a comunidade simbolizou o rompimento de barreiras históricas entre instituições formais e demandas sociais urgentes, construindo pontes de empatia e compromisso.
Símbolos de força que caminham lado a lado com a sociedade

A atuação dos Fuzileiros Navais durante a Caminha Down 2025 demonstra como símbolos tradicionais de força e disciplina podem — e devem — estar ao lado das demandas por igualdade. A presença militar em eventos civis de relevância social representa uma abertura institucional cada vez maior para o diálogo com a sociedade, especialmente em pautas voltadas à inclusão e ao combate ao preconceito.
O sucesso do evento reafirma que respeito, acolhimento e solidariedade são valores compartilhados entre civis e militares. Em tempos em que o mundo busca pontes em vez de muros, a imagem dos Fuzileiros formando um coração na areia de Ipanema fala por si.
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