Futuro Veículo de Superfície não Tripulado durante teste de navegação

Nesta semana, a Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), por meio do Centro de Análises de Sistemas Navais (CASNAV) e Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM), Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICT) subordinadas ao Centro Tecnológico da Marinha no Rio de Janeiro (CTMRJ), e contando com o apoio dos Aspirantes do Grêmio de Ciência e Tecnologia da Escola Naval (EN), realizou a primeira navegação simples (sem a intervenção de um timoneiro) do futuro Veículo de Superfície Não Tripulado (VSNT), nas proximidades da Baía de Guanabara.

Esse trabalho sinérgico, idealizado pelo CTMRJ, é fruto da prospecção tecnológica na área de conhecimento “Veículos Autônomos”, que visa fomentar a pesquisa tecnológica aplicada interna e externamente à Marinha. O IPqM, em parceria com a empresa EMBRAER, participou de um projeto de pesquisas fomentado pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) voltado para a área de fusão de dados navais (SDFDAN). Na oportunidade, adquiriu uma embarcação de pesquisas de elevada complexidade tecnológica a fim de cumprir tarefas específicas de coleta de dados móveis em ambiente marítimo. Com o encerramento das atividades do projeto SDFDAN, esse complexo recurso laboratorial tornou-se ocioso. Assim, o CTMRJ vislumbrou uma oportunidade de utilizá-lo como laboratório para a conversão em um VSNT.

Por meio de uma cooperação entre as mencionadas ICT e o apoio da Diretoria-Geral de Navegação (DGN), da EN e do Centro de Instrução Almirante Graça Aranha (CIAGA), a lancha URCA-III está atualmente submetida a uma fase de revitalização e estudo pelos técnicos da Marinha. O objetivo consiste no desenvolvimento de um protótipo cuja operação será, numa primeira fase, remotamente controlada e, posteriormente, autônoma. O viés desse projeto é acadêmico e didático, servindo para oferecer um laboratório flutuante para Universidades e organizações militares do Sistema de Ensino Naval (SEN), que utilizam uma tecnologia inovadora no âmbito da Defesa e de complexa operacionalização em campo.

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Os resultados iniciais encontrados pelo CASNAV e pelo IPqM revelam que a montagem de uma arquitetura aberta para pesquisas embarcadas em uma embarcação miúda é exequível e de baixo custo, despertando interesse de pesquisadores e alunos, de Universidades e Centros de Instrução, entre os quais destacam-se UFRJ, UFF, USP, PUC-Rio, EN, CIAGA, Centro de Instrução Almirante Wandenkolk, Centro de Instrução Almirante Alexandrino e o Centro de Instrução e Adestramento Almirante Radler de Aquino.

O CTMRJ é uma organização militar subordinada à DGDNTM responsável pela gestão de projetos científicos e tecnológicos não nucleares da Marinha. O Centro contribui para o contínuo aprimoramento do Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha, na busca incessante dos mais avançados conhecimentos tecnológicos, visando ao fortalecimento do Poder Naval brasileiro.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).