Formação na selva: militares do CMA superam desafios extremos

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A selva amazônica impõe desafios únicos a quem nela opera, exigindo conhecimento, resistência e espírito de corpo. Entre os dias 5 e 14 de março, 98 militares do Comando Militar da Amazônia (CMA) passaram por um rigoroso treinamento no Estágio de Adaptação à Selva (EAS), conduzido pelo Comando de Fronteira Rio Negro e 5º Batalhão de Infantaria de Selva. A capacitação incluiu técnicas de sobrevivência, navegação e obtenção de alimentos, preparando os participantes para atuar com eficiência na defesa e proteção da Amazônia.

Os desafios do Estágio de Adaptação à Selva

O treinamento foi dividido em duas fases: uma teórica, realizada entre 5 e 7 de março, e uma prática, de 10 a 14 de março, onde os militares foram testados em situações reais do ambiente de selva.

Na parte prática, os participantes enfrentaram uma série de desafios extremos, como deslocamentos prolongados em terreno denso, condições climáticas adversas e necessidade de obtenção de recursos naturais para sobrevivência. Entre as principais instruções ministradas estavam:

  • Obtenção de alimentos de origem animal e vegetal
  • Ofidismo e primeiros socorros em ambiente de selva
  • Orientação e navegação terrestre
  • Técnicas de obtenção de água e fogo
  • Tiro de caça e construção de abrigos improvisados
  • Montagem de armadilhas de caça e pesca

A imersão no bioma amazônico foi fundamental para o desenvolvimento das habilidades exigidas dos militares que atuarão na região, garantindo que estejam preparados para cumprir missões de patrulhamento, defesa e resgate em um dos terrenos mais desafiadores do mundo.

A importância da capacitação na Amazônia

O Comando Militar da Amazônia (CMA) desempenha um papel essencial na soberania e proteção da fronteira norte do Brasil, especialmente na região da “Cabeça do Cachorro”, uma área estratégica localizada no extremo noroeste do país. Composta por vastas áreas de floresta densa e acessos limitados, essa região exige que os militares possuam um alto nível de conhecimento técnico e resistência física para atuar de forma eficaz.

Além da defesa territorial, a atuação do Exército na Amazônia inclui operações de combate a ilícitos transnacionais, apoio às comunidades ribeirinhas e indígenas e ações de proteção ambiental. O Estágio de Adaptação à Selva é um treinamento essencial para capacitar os militares recém-chegados à região, permitindo que se adaptem rapidamente às condições operacionais e executem suas missões com excelência.

Superação e reconhecimento dos militares

Cada participante do estágio foi testado ao máximo, demonstrando perseverança, coragem e espírito de corpo para superar os desafios impostos pela selva. O esforço e a dedicação de todos foram reconhecidos na cerimônia de conclusão, realizada na 2ª Brigada de Infantaria de Selva, com a presença de amigos e familiares dos concludentes.

Durante o evento, o General de Brigada Corbari, Comandante da Brigada, presidiu a cerimônia e destacou a importância da preparação dos militares para a defesa da Amazônia. Como forma de reconhecimento, foram entregues diplomas de destaque aos militares que mais se sobressaíram ao longo do estágio:

🏅 Asp Geovana, do 2º Batalhão Logístico de Selva
🏅 3º Sgt Felipe Martins, do 5º Batalhão de Infantaria de Selva

A conclusão do Estágio de Adaptação à Selva representa um importante marco na trajetória dos militares que agora integram as fileiras do Exército na Amazônia. Capacitados e preparados, eles estão prontos para cumprir suas missões, garantindo a defesa e proteção da região com dedicação e compromisso.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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