Forças Armadas registram 15 mil mulheres no alistamento

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Em apenas seis dias, o Brasil viveu um marco histórico: 15 mil mulheres se inscreveram no alistamento militar voluntário, um feito inédito que reflete o desejo de integrar as Forças Armadas. Pela primeira vez, o serviço militar se abre oficialmente ao público feminino, quebrando barreiras e criando novas oportunidades.

O marco do alistamento militar feminino no Brasil

A abertura do alistamento militar feminino representa um passo histórico para as Forças Armadas brasileiras. Anteriormente restrito aos homens e obrigatório, o serviço militar agora inclui mulheres de forma voluntária. Esse avanço marca a primeira vez que elas podem se inscrever para participar ativamente da defesa do país.

Desde o início das inscrições, no dia 2 de janeiro de 2025, o número de interessadas tem surpreendido. Até o momento, 15 mil candidatas já realizaram o cadastro para disputar uma das 1.465 vagas disponíveis em Brasília e em outros 28 municípios de 13 estados. As inscrições seguem abertas até 30 de junho, e as mulheres que completam 18 anos em 2025 podem se candidatar.

Esse expressivo volume de inscrições reflete não apenas o entusiasmo, mas também a importância da inclusão feminina em um espaço historicamente masculino. Trata-se de uma conquista significativa na busca pela igualdade de gênero e no fortalecimento das Forças Armadas como instituições representativas da diversidade da sociedade brasileira.

Etapas do processo de alistamento

O processo de alistamento feminino segue um cronograma rigoroso. O primeiro passo é a inscrição, que pode ser feita presencialmente ou on-line em um dos municípios participantes. As candidatas devem apresentar documentos básicos, como certidão de nascimento ou naturalização, comprovante de residência e identidade com foto.

Após a inscrição, as participantes passam por uma série de avaliações, incluindo exames clínicos, laboratoriais e testes de aptidão física. Aqueles que forem aprovadas nessas etapas seguirão para uma seleção complementar na Força escolhida – Exército, Marinha ou Aeronáutica.

Por fim, as candidatas selecionadas serão incorporadas ao serviço militar no primeiro ou segundo semestre de 2026. A partir dessa fase, o caráter voluntário é substituído pela obrigatoriedade do serviço, que terá duração de 12 meses, podendo ser prorrogado de acordo com a necessidade.

O papel das mulheres nas Forças Armadas

A abertura para o alistamento feminino é uma extensão natural do crescente protagonismo das mulheres nas Forças Armadas ao longo das últimas décadas. Embora já existissem mulheres em diversas áreas, especialmente na carreira militar de oficiais e praças, a possibilidade de alistamento voluntário reforça o compromisso das instituições com a igualdade de oportunidades.

As mulheres selecionadas terão acesso a formação militar de alta qualidade e a possibilidade de desempenhar funções estratégicas na defesa do Brasil. Isso inclui operações em áreas administrativas, técnicas e até mesmo em missões de campo, dependendo da Força e da especialização escolhida.

Esse avanço reflete também o fortalecimento das Forças Armadas como espaço inclusivo e moderno, preparado para acolher a diversidade e responder às demandas do século XXI. Ao incluir mulheres no alistamento, o Brasil se alinha a práticas já adotadas por outros países e dá um passo importante na construção de um sistema de defesa representativo e eficiente.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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