Forças Armadas realizam evacuação aeromédica na TI Yanomami

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Garantir assistência emergencial em áreas remotas da Amazônia é um dos desafios da Operação Catrimani II. Na noite de 26 de fevereiro, as Forças Armadas conduziram uma evacuação aeromédica na Terra Indígena Yanomami, transportando um indígena ferido da região de Surucucu para Boa Vista (RR). Com o uso de um helicóptero H-60L Black Hawk, da Força Aérea Brasileira, e o apoio de equipes de saúde, a ação reforça a importância da presença militar no suporte a comunidades isoladas.

A operação de evacuação aeromédica na TI Yanomami

A missão teve início após o acionamento da Casa de Governo em Boa Vista, que solicitou apoio das Forças Armadas para a remoção do paciente. O Comando Conjunto da Operação Catrimani II prontamente mobilizou um helicóptero H-60L Black Hawk, da Força Aérea Brasileira (FAB), para realizar o resgate na localidade de Surucucu, onde está situado o 4º Pelotão Especial de Fronteira (4º PEF) do Exército Brasileiro.

O indígena ferido recebeu os primeiros socorros na Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI) de Surucucu, onde uma equipe médica avaliou sua condição antes do transporte. A evacuação foi realizada em conjunto com o Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI-Y), responsável pelo atendimento de saúde na região.

Após a decolagem, o paciente foi levado até a Base Aérea de Boa Vista, percorrendo uma distância de 330 km em um voo seguro e eficiente. Na chegada à capital, ele foi encaminhado ao Hospital Geral de Roraima pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), garantindo continuidade no tratamento médico.

O emprego de tecnologia e a complexidade do resgate

Operações de evacuação aeromédica na Amazônia impõem desafios logísticos e ambientais significativos. O denso relevo da floresta, a instabilidade climática e a baixa visibilidade noturna exigem planejamento minucioso e o uso de tecnologia avançada.

Para garantir um deslocamento seguro, o helicóptero H-60L Black Hawk foi equipado com dispositivos de visão noturna, permitindo a navegação em condições de escuridão total. Esse equipamento possibilita que a tripulação identifique obstáculos, faça aproximações precisas e opere com segurança em locais de difícil acesso.

Além disso, a missão contou com tripulantes especializados em evacuação aeromédica, treinados para estabilizar pacientes durante o voo e prestar atendimento imediato em caso de complicações. A combinação de tecnologia e capacitação dos militares é essencial para garantir o sucesso desse tipo de resgate, principalmente em áreas remotas como a Terra Indígena Yanomami.

A Operação Catrimani II e o apoio às comunidades indígenas

A evacuação aeromédica realizada no dia 26 de fevereiro reforça o compromisso das Forças Armadas com a assistência humanitária na Terra Indígena Yanomami. A Operação Catrimani II, em vigor desde 2024, tem como objetivo dar suporte às ações governamentais na região, oferecendo apoio logístico, segurança e atendimento emergencial às comunidades indígenas.

Além do resgate aeromédico, a operação envolve:

  • Transporte de suprimentos e medicamentos para aldeias isoladas;
  • Monitoramento do espaço aéreo e patrulhamento terrestre para garantir a segurança da população indígena;
  • Apoio a equipes médicas e infraestrutura de saúde na região.

A renovação da Operação Catrimani II foi estabelecida pela Portaria GM-MD N° 5.831, de 20 de dezembro de 2024, assegurando a continuidade das atividades militares em prol das comunidades indígenas.

A presença das Forças Armadas na TI Yanomami tem sido fundamental para garantir rápida resposta a emergências, reduzindo o tempo de deslocamento para atendimento médico e fortalecendo a segurança na região. A evacuação aeromédica do indígena ferido reafirma a importância dessa cooperação entre as instituições civis e militares para a proteção da população e a preservação da Amazônia.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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