As Forças Armadas apreenderam 202 mil toneladas de minérios (manganês, cobre e cassiterita), na Vila do Conde, em Barcarena (PA), de 1 a 6 de junho, durante a Operação Ágata Norte, que visa promover ações preventivas e repressivas contra delitos transfronteiriços e ambientais nos estados do Pará, Amapá e Maranhão. A Operação faz parte do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras, sendo organizada pelo Ministério da Defesa e realizada em coordenação com órgãos federais e estaduais, bem como agências de segurança pública e ambientais. Neste ano, o Comando Conjunto da Operação Ágata Norte, formado por Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira, é chefiado pelo Vice-Almirante Edgar Luiz Siqueira Barbosa, Comandante do 4o Distrito Naval.

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Ainda na Operação, foram apreendidos 308 kg de cocaína; 1.300 kg de pescado; 112 m3 de madeira; 7.600 caixas de cigarro; 53 embarcações e 11 veículos; e 4 motosserras. Também foi interceptada uma embarcação que transportava 26 kg de maconha e 600 pílulas de ecstasy, sendo encontradas doze pessoas de origem cubana que saíram do Suriname em direção ao Brasil.

A missão da Ágata Norte 2022 é coibir e combater delitos na fronteira marítima até o limite da Zona Econômica Exclusiva, incluindo portos, e na fronteira terrestre, tais como: narcotráfico e crime organizado; contrabando e descaminho; pistas de pouso clandestinas; imigração ilegal (coiotes); pesca ilegal; garimpo e exploração de recursos minerais ilegais; exploração e transporte de madeira ilegal; pontos de desmatamentos; biopirataria e tráficos de animais selvagens.

Para as atividades, estão sendo empregadas 3.000 pessoas, entre civis e militares das Forças Armadas e dos órgãos de Segurança Pública e Fiscalização, mais de 40 meios navais, 52 terrestres e 6 aéreos. As ações são desenvolvidas em uma área equivalente a 1,7 milhão de km2 de área terrestre, 1 milhão de km2 de área marítima, 5.500 km de rios navegáveis, 1.800 km de litoral e 1.300 km de fronteira terrestre.

Os órgãos envolvidos planejam a operação há meses e, com conhecimento no combate aos delitos transfronteiriços e ambientais, agem em ações simultâneas em pontos estratégicos, utilizando dados de monitoramento sob área marítima, fluvial, terrestre e aérea. Também são empregados equipamentos de última geração disponibilizados pelo Comando de Defesa Cibernética e aeronaves do Comando de Operações Aeroespaciais para o patrulhamento marítimo.

As operações conjuntas são necessárias para aumentar a presença do Estado em locais de baixa densidade populacional e infraestrutura incipiente, bem como para atuar em ações coordenadas, a fim de somar esforços de forma estratégica, contribuindo para a segurança da região.

DEMONSTRAÇÃO OPERATIVA

No dia 1° de junho, a Marinha realizou treinamento operativo na Praia do Amor, em Outeiro, distrito de Belém (PA). A atividade teve como objetivo demonstrar a interoperabilidade dos meios navais e aéreos do Comando do 4o Distrito Naval, da Esquadra Brasileira e da Força de Fuzileiros da Esquadra, com lançamento de Carros Lagarta Anfíbio no rio, manobras com rapel e atuação de mergulhadores de combate.

ÓRGÃOS E AGÊNCIAS DE SEGURANÇA PÚBLICA E AMBIENTAIS

Participam da Ágata Norte 2022 os seguintes órgãos: Ministério da Justiça e Segurança Pública, Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), Polícia Federal (PF), Receita Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Força Nacional, Agência Nacional de Mineração (ANM), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Fundação Nacional do índio (FUNAI), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará e Polícias Militar e Civil dos estados do Pará, Amapá e Maranhão.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).