Forças Armadas abrem alistamento voluntário para mulheres em janeiro

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Em um marco histórico para a participação feminina nas Forças Armadas, o ano de 2025 começará com a abertura do alistamento militar voluntário para mulheres. Jovens nascidas em 2007 poderão se inscrever no Serviço Militar Inicial Feminino (SMIF), escolhendo entre Marinha, Exército ou Aeronáutica para contribuir diretamente com a defesa e segurança do país.

O Processo de Alistamento Militar Feminino

O alistamento militar voluntário feminino representa um avanço significativo na história das Forças Armadas do Brasil. A partir de 1º de janeiro de 2025, jovens nascidas em 2007 poderão realizar suas inscrições para o Serviço Militar Inicial Feminino (SMIF) por meio do site oficial (www.alistamento.eb.mil.br/alistamento-feminino) ou presencialmente nas Juntas de Serviço Militar espalhadas pelo país.

O processo seletivo será rigoroso e incluirá etapas essenciais, como entrevistas, inspeção de saúde e testes físicos. Durante essas fases, serão avaliadas aptidões físicas e psicológicas, além de critérios de saúde para garantir que as candidatas estejam plenamente preparadas para a rotina militar.

Inicialmente, o programa estará disponível em 29 municípios de 14 Unidades Federativas, com 1.500 vagas destinadas às mulheres para incorporação em 2026. As candidatas poderão escolher a Força na qual desejam servir – Marinha, Exército ou Aeronáutica – conforme suas aptidões e o número de vagas disponíveis.

A relação completa dos municípios participantes pode ser acessada no Plano Geral de Convocação, disponível no site oficial do Ministério da Defesa. Esse documento estabelece as regras para o processo de alistamento, seleção e incorporação nas Forças Armadas, garantindo transparência e igualdade de oportunidades.

Preparação e Capacitação nas Forças Armadas

Após o processo de seleção, as mulheres aprovadas ingressarão nas Forças Armadas, assumindo papéis importantes na defesa nacional. Elas serão incorporadas como marinheiras-recrutas na Marinha, soldados no Exército ou soldados de segunda-classe na Aeronáutica.

Durante o período de serviço, que tem duração inicial de 12 meses, prorrogáveis anualmente até o limite de 8 anos, elas participarão de treinamentos técnicos e operacionais específicos para cada Força. O treinamento físico será adaptado para respeitar as diferenças fisiológicas, mas manterá a mesma exigência de comprometimento e excelência demandada dos homens.

Além do preparo físico, as militares terão acesso a cursos de capacitação profissional oferecidos pelo Projeto Soldado Cidadão, que visa desenvolver habilidades úteis tanto para a carreira militar quanto para o mercado de trabalho civil.

As mulheres também terão acesso aos mesmos direitos e benefícios garantidos aos homens, incluindo remuneração mensal, auxílio-alimentação, licença-maternidade e contagem de tempo para aposentadoria. Esses direitos reforçam o compromisso das Forças Armadas com a igualdade de gênero no ambiente militar.

Ao final do período de serviço, elas receberão o Certificado de Reservista e a Certidão de Tempo de Serviço, garantindo que sua contribuição ao país seja formalmente reconhecida.

Impacto Histórico e Social do Alistamento Feminino

A abertura do alistamento militar voluntário para mulheres representa um marco na trajetória das Forças Armadas brasileiras. Até então, as mulheres já podiam ingressar como oficiais e sargentos de carreira, mediante aprovação em concursos públicos, ou como oficiais e sargentos temporárias, por meio de seleções conduzidas pelas Regiões Militares. Agora, com o SMIF, elas passam a ter mais uma via de acesso ao serviço militar.

Atualmente, cerca de 37 mil mulheres integram as Forças Armadas, representando aproximadamente 10% do efetivo total. A expectativa é que, com o novo modelo de alistamento, essa representatividade aumente progressivamente nos próximos anos, impulsionada por políticas de inclusão e preparação de novas estruturas militares para recebê-las adequadamente.

O impacto social desse avanço também é significativo. Além de fortalecer a presença feminina em uma área tradicionalmente masculina, o alistamento voluntário cria oportunidades de capacitação profissional, desenvolvimento de habilidades de liderança e crescimento pessoal para milhares de jovens brasileiras.

As mulheres desempenham um papel cada vez mais relevante nas operações militares, seja no campo técnico, administrativo ou operacional. Sua inclusão fortalece a diversidade e traz novas perspectivas para os desafios enfrentados pelas Forças Armadas.

Essa iniciativa não apenas reflete um avanço nas políticas de gênero dentro das instituições militares, mas também simboliza um importante passo para a sociedade brasileira, reafirmando o compromisso com a igualdade, inclusão e respeito às mulheres em todas as esferas de atuação.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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