Força de Fuzileiros da Esquadra celebra 68 anos de história e evolução

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A Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE) celebra, neste 6 de fevereiro de 2025, 68 anos de existência, consolidando-se como um dos principais elementos da Marinha do Brasil na defesa da soberania nacional e na atuação em missões de alta complexidade. Criada no período pós-Segunda Guerra Mundial para reforçar a capacidade brasileira em operações anfíbias, a FFE evoluiu ao longo das décadas, participando de Missões de Paz da ONU, Operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e exercícios navais internacionais, sempre mantendo sua condição de pronto emprego.

A evolução da Força de Fuzileiros da Esquadra ao longo dos anos

A criação da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE), em 6 de fevereiro de 1957, atendeu à necessidade da Marinha do Brasil de contar com uma tropa altamente capacitada para operações anfíbias, o que representa um dos desafios mais complexos da guerra moderna. Inspirada nas experiências da Segunda Guerra Mundial, a estrutura da FFE foi moldada para garantir uma força expedicionária ágil, versátil e sempre pronta para ser empregada em cenários diversos.

Ao longo dos anos, a FFE passou por diversas transformações para se manter na vanguarda das operações militares. Em 1997, o Comando da Força foi transferido para o Complexo Naval da Ilha do Governador, marcando um avanço na infraestrutura e na capacidade de planejamento estratégico. Já no início do século XXI, a reestruturação organizacional deu origem a unidades especializadas, como a Divisão Anfíbia, a Divisão Litorânea, o Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais e o Batalhão de Combate Aéreo.

Com essa evolução, a FFE consolidou-se como um componente essencial da defesa nacional, capaz de atuar em cenários de combate, operações de resgate e apoio humanitário, além de manter seu papel central no treinamento conjunto com outras Forças Armadas.

O papel estratégico da FFE em operações militares e humanitárias

Ao longo de sua trajetória, a Força de Fuzileiros da Esquadra se destacou em operações de grande relevância, tanto em território nacional quanto no exterior. Entre suas principais missões, destacam-se:

  • Missões de Paz da ONU: a FFE teve participação ativa em diversas operações internacionais, contribuindo para a estabilidade e a reconstrução de regiões em conflito.
  • Garantia da Lei e da Ordem (GLO): atuando dentro do território nacional, os Fuzileiros Navais reforçaram a segurança em diversas ocasiões, incluindo grandes eventos e crises que exigiram a presença das Forças Armadas.
  • Operações na região de fronteira: a presença dos Fuzileiros tem sido essencial no combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado, apoiando operações conjuntas com outras forças de segurança.
  • Ações Cívico-Sociais e Apoio Humanitário: em momentos de calamidade, como enchentes e desastres naturais, a FFE atua diretamente no resgate de vítimas e no apoio às comunidades afetadas. A Operação Taquari, por exemplo, prestou socorro às vítimas das enchentes na região Sul do Brasil.

A versatilidade e a prontidão da FFE garantem que a tropa esteja sempre preparada para responder rapidamente a qualquer crise, seja em território nacional ou em missões internacionais.

O compromisso contínuo com o preparo e a prontidão operacional

A manutenção da capacidade operacional da FFE depende de um rigoroso programa de treinamento e aperfeiçoamento técnico, garantindo que os Fuzileiros estejam sempre prontos para enfrentar desafios diversos. Entre os exercícios mais importantes realizados pela tropa, destacam-se:

  • Operação Formosa: realizada anualmente, a maior simulação de operações anfíbias do Brasil permite que os Fuzileiros pratiquem táticas de desembarque e combate, consolidando sua preparação para missões reais. Em 2024, o exercício chegou à sua 36ª edição, reunindo milhares de militares em treinamentos de alto nível.
  • Exercícios na região de Furnas (MG): pelo terceiro ano consecutivo, a FFE realizou treinamentos na área, explorando diferentes cenários e fortalecendo a capacidade de atuação em operações no interior do país.
  • Operação Imperial Marinheiro: reforçando a segurança do entorno do Hospital Naval Marcílio Dias, essa missão foi realizada em resposta a um trágico acontecimento que vitimou uma militar, demonstrando a capacidade de resposta e o compromisso da FFE com a proteção de seu efetivo.

A busca contínua por aprimoramento garante que os Fuzileiros Navais estejam sempre preparados para qualquer tipo de missão, mantendo viva a tradição de Honra, Competência, Determinação e Profissionalismo que define essa força.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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