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A homenagem aos 80 anos da vitória da FEB uniu gerações em Maceió. Na Câmara Municipal, políticos, militares e cidadãos prestaram tributo aos combatentes que levaram a bandeira do Brasil à vitória na Segunda Guerra Mundial. O vereador Eduardo Canuto, ex-militar, emocionou o público ao lembrar sua trajetória no Exército e destacar os valores de hierarquia e disciplina que moldaram sua vida — os mesmos que sustentaram os soldados brasileiros nas trincheiras italianas.
A trajetória histórica da FEB na Campanha da Itália

A Força Expedicionária Brasileira (FEB) teve papel decisivo na Campanha da Itália, integrando o esforço aliado contra as potências do Eixo durante a Segunda Guerra Mundial. Com cerca de 25 mil soldados, a FEB desembarcou na Europa em 1944, enfrentando rigorosas condições climáticas, logística precária e combates intensos. Sob comando do General Mascarenhas de Moraes, os brasileiros participaram de batalhas decisivas como Monte Castelo, Castelnuovo, Montese e Fornovo di Taro — esta última, culminando com a rendição de cerca de 20 mil soldados inimigos.
Além do Exército, a Força Aérea Brasileira (FAB) desempenhou um papel fundamental. O 1º Grupo de Aviação de Caça, sob o lema “Senta a Pua”, realizou mais de 2.500 missões de combate, destruindo infraestrutura logística vital para as tropas inimigas. A Marinha do Brasil, por sua vez, garantiu a segurança da navegação ao escoltar mais de 3 mil navios, enfrentando e afundando submarinos inimigos no Atlântico Sul.
Essa participação integrou o Brasil ao cenário geopolítico do pós-guerra, consolidando a imagem das Forças Armadas Brasileiras como instituições aptas ao combate moderno, com capacidade de cooperação internacional em contextos de guerra.
O impacto social e simbólico da FEB para as novas gerações

A memória dos feitos da FEB é uma ferramenta de educação cívica e reforço de identidade nacional. Como destacou o vereador Eduardo Canuto, é essencial que os jovens conheçam o legado daqueles que “lutaram contra o totalitarismo, o ódio e a opressão“. Durante a cerimônia, foi entregue o diploma “Reconhecimento Público” ao vereador, promovido pela Associação dos Ex-Combatentes e dos Amigos do Museu da Segunda Guerra (AECAMSEG), representada por figuras como o jornalista José Bispo e o delegado Robervaldo Davino.
Essas homenagens públicas ajudam a manter viva a história dos pracinhas, muitos deles nordestinos humildes que cruzaram o oceano movidos apenas pelo dever à pátria. O reconhecimento público transmite valores como coragem, patriotismo, sacrifício e lealdade — fundamentos que transcendem o ambiente militar e podem moldar líderes civis e cidadãos conscientes.
A sociedade alagoana foi lembrada de que, por trás de cada nome gravado na história da FEB, há uma história de renúncia, bravura e amor ao Brasil. Como afirmou o comandante do 59º BI Mtz, Tenente-Coronel Robério, é necessário “contaminar positivamente as futuras gerações com esses exemplos de heroísmo”.
A integração institucional nas homenagens à FEB em Maceió

A sessão solene foi um exemplo concreto de integração entre os poderes públicos e as Forças Armadas, fortalecendo os laços entre a sociedade civil e o meio militar. Estiveram presentes representantes da Marinha do Brasil, Força Aérea Brasileira, Exército Brasileiro e diversos vereadores e autoridades estaduais, como o Capitão de Fragata Rodrigo Garcia, o Major Aviador Leandro Evangelista e o Eterno Comandante do 59º BI Mtz, Coronel Albérico Ramos.
O evento celebrou não apenas o passado glorioso da FEB, mas também a atual cooperação institucional em torno da defesa dos valores democráticos e do fortalecimento da cultura de paz. O Capitão dos Portos de Alagoas, por exemplo, relembrou a história viva da sobrevivente alagoana Valdeerez Cavalcante, reforçando que “Alagoas também tem heróis do mar”.
O simbolismo da cerimônia reforça o papel das Câmaras Municipais como espaços de preservação da memória nacional e demonstra como as Forças Armadas podem atuar como instrumentos de coesão cívica e educacional. Essa aliança fortalece não apenas a lembrança dos feitos do passado, mas também o compromisso com os desafios contemporâneos da segurança e da soberania.
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