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Um resgate de alto risco marcou a manhã do dia 9 de março de 2025, quando a Força Aérea Brasileira (FAB) realizou a evacuação aeromédica de um tripulante gravemente enfermo a 165 km da costa de Natal (RN). O homem, de nacionalidade filipina, apresentava um quadro severo de meningoencefalite e foi retirado do navio mercante por guincho aéreo. A operação, coordenada com a Marinha do Brasil, garantiu o transporte rápido do paciente para atendimento intensivo em terra.
A complexidade da missão de resgate no oceano Atlântico
A operação teve início na noite de sábado (08/03), quando o SALVAMAR Nordeste, sistema de Busca e Salvamento da Marinha do Brasil, recebeu um pedido de socorro do navio mercante de bandeira panamenha. Com base na avaliação médica remota, foi determinada a remoção urgente do tripulante, uma vez que a condição clínica dele exigia cuidados intensivos imediatos.
Para a missão, foi acionado o Esquadrão Falcão (1º/8º GAV) da FAB, unidade especializada em operações de busca e salvamento. A aeronave H-36 Caracal decolou ao amanhecer de domingo (09/03), enfrentando as dificuldades típicas de um resgate em alto-mar, como ventos fortes e a ausência de um local adequado para pouso.
Sem a possibilidade de aterrissagem no navio, a tripulação precisou executar a extração do paciente por guincho aéreo, na popa da embarcação. A manobra exigiu extrema precisão e coordenação entre os pilotos, operadores de equipamento e a equipe de resgate. O helicóptero chegou ao local por volta das 5h35 (horário local) e concluiu a evacuação com sucesso.
O paciente foi transportado com urgência para o Aeroporto Internacional de Natal, onde uma equipe médica já o aguardava para encaminhá-lo a um hospital da região.
O papel da FAB e da Marinha em operações de Busca e Salvamento
A operação reforçou o compromisso das Forças Armadas com as missões de Busca e Salvamento (SAR – Search and Rescue), que fazem parte das atribuições da FAB e da Marinha do Brasil.
A FAB é responsável por atender emergências em território nacional e em áreas marítimas sob jurisdição brasileira, utilizando aeronaves especializadas e tripulações treinadas para operações complexas. Já a Marinha, por meio do SALVAMAR, coordena pedidos de socorro no mar e mobiliza os recursos necessários para garantir respostas rápidas e eficazes.
Esse tipo de cooperação entre as Forças Armadas demonstra a importância do preparo técnico e da prontidão operacional. O treinamento constante das equipes é essencial para garantir a execução bem-sucedida de missões como essa, onde cada segundo pode ser decisivo para salvar uma vida.
O impacto do resgate e a importância da evacuação aeromédica
A rápida resposta das equipes de resgate foi fundamental para aumentar as chances de recuperação do tripulante filipino, que segue internado em estado grave sob cuidados intensivos.
A evacuação aeromédica desempenha um papel crucial em emergências marítimas, pois possibilita o transporte ágil de pacientes em condições críticas para unidades hospitalares adequadas. Sem esse suporte, muitos casos poderiam evoluir para desfechos fatais antes que a vítima pudesse receber atendimento adequado.
Além do impacto direto para a vítima resgatada, operações como essa reforçam a importância da segurança marítima internacional. O Brasil, com sua extensa costa e intensa atividade portuária, desempenha um papel estratégico no apoio a embarcações que navegam em suas águas jurisdicionais, garantindo o cumprimento dos protocolos internacionais de busca e salvamento.
A Marinha do Brasil destacou oficialmente seu agradecimento à FAB pelo apoio na missão e ressaltou a importância da colaboração entre as Forças Armadas para garantir a proteção da vida no mar.
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