O primeiro enlace de dados entre aeronaves de caça F-5M utilizando o Sistema Link-BR2, foi realizado no dia 13 de outubro, no Primeiro Esquadrão do Décimo Quarto Grupo de Aviação (1°/14° GAV – Pampa), alocado na Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul (RS). Os voos foram realizados durante a execução da Operação Íris, como foi denominada a segunda fase de ensaios de desenvolvimento do projeto.

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A campanha teve o objetivo de realizar ensaios de comunicação de dados entre duas aeronaves de caça F-5M e contou com a participação de diversas Organizações da Força Aérea Brasileira (FAB) como Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), Ala 3, Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV), Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), Grupo de Acompanhamento e Controle – Programa Aeronave de Combate (GAC-PAC), Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC), Esquadrão Pampa (1º/14º GAV), além da AEL Sistemas, Empresa desenvolvedora do sistema.

i21101414550505181Em aproveitamento ao cenário de testes montado para a Operação, foram compartilhadas informações táticas, além de trocas de dados entre a estação de comando e controle em solo e as aeronaves F-5M, capacidade que cria grande expectativa operacional ao permitir o compartilhamento do cenário visualizado pelos Centros de Operações Militares que controlam as aeronaves de caça.

“O Link-BR2 é um sistema bastante complexo e a realização dessa Campanha, por todas as capacidades que foram ensaiadas, é a comprovação de que o desenvolvimento do Projeto está atingindo a maturidade para o efetivo emprego operacional”, disse o Gerente do Projeto na COPAC, Coronel Aviador Renato Leal Leite.

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O piloto de provas envolvido na Campanha, Coronel Aviador George Luiz Guedes de Oliveira, comentou sobre a eficácia do sistema. “O Link-BR2 é muito importante porque permite, não só para o piloto, mas para toda Força Aérea, uma consciência situacional bem amplificada, aumenta a capacidade de tomar melhores decisões, facilita o emprego de armamento, a comunicação com o controlador, e reduz a carga de trabalho da missão. Considerando um cenário em que é necessário proteger o país de uma ameaça, o Link-BR2 possibilita a classificação, a fim de determinar a hostilidade de aeronaves, por exemplo, além de ser uma ferramenta utilizada pelos países que possuem suas Forças Nacionais de Defesa desenvolvidas. Ter um Link de dados brasileiro é um passo significativo para a evolução das Forças Armadas.”, comentou.

O sistema passou por fases de definição de design e desenvolvimento, as quais culminam em uma campanha de ensaios em voos, com o objetivo de avaliar o produto desenvolvido no ambiente de voo real. O Coronel Aviador R1 Fernando Mauro Medardoni, Especialista de Suporte Operacional, da AEL Sistemas, comentou sobre o que se pode esperar das próximas campanhas. ” Nas próximas campanhas precisamos exercitar, testar e avaliar todo o leque de aplicações que a própria Força Aérea escreveu como requisitos e que são necessários para aumentar sua capacidade e eficácia na execução das operações aéreas”, completou.

Além da COPAC, o Projeto Link-BR2 conta com as gerências temáticas do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE); do Comando-Geral de Apoio (COMGAP); do Comando de Preparo (COMPREP); do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER); do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA); do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA); e do Centro de Inteligência da Aeronáutica (CIAER).

Fotos: Sargento Jéssica/COPAC

Marcelo Barros, com informações da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).