FAB planeja parceria com Space X para lançamentos na base de Alcântara

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O projeto de transformar a base de Alcântara, no Maranhão, em um importante polo de lançamentos espaciais ganhou força com o plano da Força Aérea Brasileira (FAB) de atrair a Space X, empresa de Elon Musk, como parceira estratégica. A criação da Alada, estatal aeroespacial, faz parte desse esforço, conforme projeto de lei assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que busca modernizar a exploração comercial da base.

Parceria estratégica entre FAB e Space X

Foto: SpaceX

A FAB está focada em consolidar Alcântara como um centro global de lançamentos espaciais, e a Space X, de Elon Musk, está no centro dessa estratégia. A empresa é vista como uma parceira essencial por sua tecnologia avançada, especialmente no uso de foguetes reutilizáveis, como o Falcon 9. Esse sistema reduz os custos de lançamento e torna a Space X uma das líderes globais do setor. Além disso, a rede de satélites Starlink, desenvolvida pela Space X, também foi destacada no relatório dos militares como uma tecnologia inovadora com grande potencial para apoiar missões brasileiras.

A localização de Alcântara, próxima à linha do Equador, é uma das grandes vantagens competitivas da base. O posicionamento geográfico permite economizar combustível e aumentar a eficiência dos lançamentos, o que atrai empresas internacionais interessadas em operações espaciais a baixo custo.

Criação da Alada e modernização do setor aeroespacial brasileiro

Foto: Ricardo Stuckert/PR

A criação da Alada, uma estatal aeroespacial, faz parte do plano de modernizar o setor espacial brasileiro. A empresa será responsável pela coordenação das atividades comerciais na base de Alcântara e terá um papel fundamental na atração de parcerias internacionais, como a com a Space X. A Alada será subsidiária da Nav Brasil, vinculada ao Ministério da Defesa, e sua missão será desenvolver o setor aeroespacial do país, com foco na exploração comercial e na autossuficiência tecnológica.

A estatal será financiada inicialmente com recursos públicos, mas a expectativa é que, em pouco tempo, a Alada consiga gerar receita própria, por meio de parcerias e lançamentos comerciais, reduzindo sua dependência do Tesouro Nacional.

Desafios e investimentos para modernizar Alcântara

Para que a base de Alcântara se torne competitiva no cenário global, são necessários investimentos significativos em infraestrutura. O relatório dos militares prevê melhorias essenciais, como a construção de um terminal portuário e a modernização das estradas que conectam o complexo de lançamentos. Essas melhorias são fundamentais para garantir o transporte seguro de equipamentos e insumos, como os gases necessários para o lançamento de foguetes.

A precariedade atual das rodovias e dos portos representa um obstáculo para o crescimento da base de Alcântara, elevando o custo das operações. A Força Aérea Brasileira também solicitou reformas em quatro estradas federais nas proximidades da base para facilitar o transporte de cargas. O objetivo é que esses investimentos, somados à criação da Alada, tornem Alcântara um dos principais polos espaciais do mundo.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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