FAB intercepta avião com 200 kg de skunk no Pará

Avião em chamas no meio da vegetação.
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Em uma operação precisa e coordenada, a Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou uma aeronave ilícita no espaço aéreo do Pará, culminando na apreensão de 200 kg de skunk, potente derivado da maconha. A ação, que envolveu caças A-29 Super Tucano e agentes da Polícia Federal, demonstra a efetividade das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA) no combate ao tráfico aéreo de drogas.

MPEA e a doutrina de defesa do espaço aéreo

Aviões militares voando sobre rio na Amazônia, Brasil.

As Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA) são um conjunto de protocolos executados pela FAB quando uma aeronave levanta suspeitas durante o voo. No caso do Pará, os radares do CINDACTA IV detectaram o modelo EMB-810 SENECA III, que não tinha plano de voo regularizado. A partir disso, o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) autorizou a decolagem de dois caças A-29 Super Tucano para realizar o procedimento de interceptação.

Os pilotos da FAB realizaram o protocolo completo: reconhecimento visual, interrogação eletrônica, ordens de mudança de rota e, quando não obedecidas, o disparo de tiro de aviso. Após as MPEA, a aeronave suspeita fez um pouso forçado em área não preparada próxima a Altamira (PA). Os ocupantes incendiaram o avião e fugiram, numa tentativa frustrada de destruir provas.

Impacto do tráfico aéreo nas comunidades amazônicas

Helicóptero militar sobrevoando área verde com céu azul.

O tráfico aéreo de drogas representa uma ameaça concreta às comunidades amazônicas, especialmente em regiões de difícil acesso. As aeronaves ilícitas muitas vezes utilizam pistas clandestinas e zonas remotas para despistar a vigilância estatal, comprometendo a segurança da população local e favorecendo a atuação de facções criminosas que disputam o controle do território.

A presença efetiva da FAB e da Polícia Federal nessas ações garante uma resposta institucional contra o avanço do crime organizado. A interceptação desta aeronave — que transportava 200 kg de skunk, droga de alto valor no mercado — evita que tais substâncias cheguem a centros urbanos e fortalece o vínculo entre o Estado e as comunidades isoladas.

O papel da FAB no combate ao narcotráfico transfronteiriço

Essa operação integra o escopo do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), uma política pública que reúne esforços de diversos órgãos de segurança para intensificar o combate ao narcotráfico transfronteiriço. A FAB, com seus meios aéreos e capacidade de detecção por radar, é peça-chave na vigilância dos céus brasileiros.

A ação conjunta com a Polícia Federal, que enviou agentes por meio de um helicóptero H-60 Black Hawk do Esquadrão Harpia, assegurou a execução das Medidas de Controle no Solo (MCS), culminando na apreensão da droga e na abertura de investigações para identificar os envolvidos. A operação reforça o compromisso da Força Aérea com a proteção da soberania, a segurança pública e a integração entre forças.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).