A cerimônia de encerramento do Programa de Especialização Operacional 2021 da Turma Chronos ocorreu nesta terça-feira (07), na Ala 10, em Parnamirim (RN). O evento marcou a formatura dos novos Pilotos Operacionais da Força Aérea Brasileira (FAB). Ao todo, 76 Tenentes Aviadores especializaram-se em uma das Aviações Militares da FAB: Asas Rotativas; Caça; Transporte; ou Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR).
O Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, presidiu a cerimônia, acompanhado do Comandante da Guarnição de Aeronáutica de Natal (GUARNAE-NT), Brigadeiro do Ar José Virgílio Guedes de Avellar. Também prestigiou a solenidade o Comandante de Preparo e Comandante de Operações Aeroespaciais, Tenente-Brigadeiro do Ar Sérgio Roberto de Almeida, dentre outras autoridades.
Durante o seu discurso, o Comandante da Aeronáutica reviveu o dia em que ele e sua turma entoaram o juramento do Piloto de Combate da FAB. “Após 39 anos da conclusão de meu Estágio Operacional, ocorrido em 1982, e cerca de 20 anos depois de cumprir minha tarefa de ensinar aos mais novos estagiários da Aviação de Caça, regressar à cidade Potiguar, como Comandante da Aeronáutica, é um momento de especial significado”, ressaltou o Tenente-Brigadeiro Baptista Junior.
Já o Comandante da Guarnição de Aeronáutica de Natal destacou que os pilotos são as bases da capacidade operacional da FAB. “Nessa data, entregamos 76 aviadores capacitados para contribuir na atribuição da Força Aérea, que é a de defender o Brasil, impedindo o uso do espaço aéreo brasileiro para a prática de atos hostis ou contrários aos interesses nacionais, e somar forças para sermos uma Instituição de grande capacidade dissuasória, operacionalmente moderna e atuando em forma integrada para a defesa dos interesses nacionais”, completou o Brigadeiro Avellar.
Durante o evento, Instrutores e Estagiários que se destacaram no decorrer do ano receberam prêmios. Em seguida, ocorreu a entrega dos distintivos operacionais aos formandos. Neste ano, formaram-se oito pilotos da Aviação de Asas Rotativas; 24 da Aviação de Caça; 32 da Aviação de Transporte; e 12 da Aviação de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR). No final da solenidade, os novos Aviadores da Força Aérea Brasileira prestaram o solene juramento do Piloto de Combate.
PESOP 2021
O Curso de Especialização Operacional é o conjunto de instruções aéreas e terrestres desenvolvido nos esquadrões da Ala 10. O Primeiro Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação executa a especialização de pilotos na Aviação de Transporte e na Aviação de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento; o Primeiro Esquadrão do Décimo Primeiro Grupo de Aviação especializa pilotos na Aviação de Asas Rotativas; e o Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação especializa pilotos na Aviação de Caça.
A qualificação obtida com a conclusão do Programa de Especialização Operacional é o passo inicial na carreira do Oficial Aviador. Os novos pilotos de Asas Rotativas, de Caça, de Patrulha, de Transporte e de Reconhecimento seguem para os Esquadrões Aéreos Operacionais do Comando de Preparo (COMPREP), momento em que terão oportunidade de fixar e aprimorar conhecimentos, desenvolver aptidões e elevar suas qualificações operacionais.
Prêmio Instrutor Padrão
O Instrutor Padrão, escolhido por instrutores e estagiários, é aquele que, durante o ano letivo, destacou-se nos seguintes aspectos: conhecimento profissional, capacidade de transmitir seus conhecimentos, capacidade de avaliar o desempenho do aluno, dedicação à instrução, atitude militar, apresentação pessoal, pontualidade, assiduidade, cultura geral, sociabilidade e quantidade de horas de voo em instrução aérea.
Prêmio Estagiário Padrão
O Prêmio Estagiário Padrão é concedido aos formandos escolhidos pelo Conselho Operacional e de Instrução dos Esquadrões Aéreos da Ala 10 que se destacaram entre seus pares na atividade aérea e no estágio funcional, entre outras atividades, durante o ano.
Ópera do Danilo
A apresentação aconteceu no Cine Campal, ou Drive-in, como era chamado pelos americanos que estavam baseados na Base Aérea de Natal, em 1945, quando milhares de soldados se sentaram para receber notícias de casa, ou ter um momento de entretenimento assistindo filmes ou apresentações artísticas como forma de se distrair das agruras da Segunda Guerra Mundial.
A Ópera do Danilo foi composta pelo Tenente Luiz Felipe Perdigão Medeiros da Fonseca que, aproveitando a veia artística dos Jambocks, propôs que se fizesse uma partitura de ópera contando a extraordinária aventura do companheiro que retornava. Colaboraram com ele o Capitão
Até os dias atuais, expressando Força, Raça, Doutrina e Tradição, a aventura é tradicionalmente repetida por militares da Aviação de Caça. E, na segunda-feira (6), a Ópera foi encenada pelos novos Pilotos de Combate da Força Aérea Brasileira, sendo composta por estagiários dos Esquadrões Joker (2º/5º GAV), Gavião (1º/11° GAV) e Rumba (1°/5° GAV), para marcar a conclusão do Curso de Especialização Operacional.
Fotos: Sargento Mônica Rodrigues / CECOMSAER e Soldado J.Martins / BANT