Exército intensifica apoio humanitário no norte do Brasil com a Operação Tucumã

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Diante da crise hídrica que afeta a Amazônia Ocidental, o Exército Brasileiro intensificou o apoio logístico e humanitário às comunidades indígenas do Acre por meio da Operação Tucumã. Comandada pelo Comando de Fronteira Juruá / 61º Batalhão de Infantaria de Selva, a operação visa levar alimentos e água potável às aldeias, impactadas pela seca extrema e pelo fenômeno do repiquete, que causa oscilações repentinas no nível dos rios, dificultando ainda mais o acesso a recursos essenciais. A ação é realizada em parceria com outras agências, reforçando a importância do apoio às populações ribeirinhas e indígenas em meio a condições adversas.

Operação Tucumã: logística e apoio para comunidades isoladas

A Operação Tucumã foi lançada para responder à crise humanitária causada pela estiagem e pelo fenômeno do repiquete, que tornam os rios da Amazônia Ocidental intransponíveis em muitos trechos. Militares do Comando de Fronteira Juruá / 61º Batalhão de Infantaria de Selva estão transportando cestas básicas e água potável para as aldeias, proporcionando um alívio imediato às populações indígenas isoladas. Em parceria com o Distrito Sanitário Especial Indígena e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, a operação alcançou aldeias como Apiwtxa 2 e Siqueira, onde cerca de 570 cestas básicas e 425 litros de água potável foram entregues para mais de 500 famílias que vivem nas margens dos rios Bagé, Breu e Arara.

O 1º Pelotão Especial de Fronteira, em Marechal Thaumaturgo, atua como ponto de apoio logístico, permitindo que a distribuição de suprimentos seja feita de forma mais eficaz e contínua. A operação mobiliza recursos para garantir que essas comunidades, dependentes dos rios para alimentação e transporte, possam enfrentar a seca com mais segurança e dignidade.

A importância da Operação Tucumã para a segurança alimentar e hídrica

A crise causada pela seca no Acre não afeta apenas o transporte fluvial, mas também a segurança alimentar e hídrica das comunidades indígenas. As águas dos rios, que normalmente servem para consumo e agricultura, tornam-se impróprias em muitos locais, e a instabilidade dos níveis fluviais cria enormes desafios para a obtenção de suprimentos. A Operação Tucumã tem papel essencial para assegurar que alimentos e água potável cheguem às áreas mais vulneráveis, garantindo o sustento de famílias que enfrentam dificuldades extremas.

O fenômeno do repiquete, caracterizado pelas oscilações bruscas nos níveis dos rios, transformou a navegação em uma tarefa perigosa e, por vezes, impossível. Nesse contexto, o Exército Brasileiro e os órgãos parceiros assumem uma função vital, proporcionando apoio humanitário que também serve para prevenir doenças e combater a desnutrição, preservando a qualidade de vida dos moradores.

Parcerias e coordenação interinstitucional na Operação Tucumã

A Operação Tucumã é um esforço conjunto que envolve o Comando Conjunto Tucumã e diversas agências públicas, reforçando a importância de uma resposta coordenada diante dos desafios ambientais na Amazônia. Estabelecida pela Portaria GM-MD nº 4.454, de 17 de setembro de 2024, a operação é uma ação temporária que integra órgãos de segurança pública, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas e o Instituto Chico Mendes, além das Forças Armadas.

Essas parcerias foram essenciais para a execução da logística complexa que permite a entrega de suprimentos às aldeias. A cooperação entre o Exército e as instituições envolvidas reflete um compromisso com a proteção das comunidades indígenas e com a mitigação dos efeitos da seca e das variações climáticas na Amazônia Legal, fortalecendo a atuação conjunta para enfrentar os desafios humanitários na região.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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