Não fique refém dos algoritmos, nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias. |
Sob o sol do Ceará e em clima de cooperação internacional, militares brasileiros e franceses participaram de mais uma edição da Operação Jeanne D’Arc, um exercício conjunto voltado à interoperabilidade e à diplomacia militar. Entre os dias 22 e 24 de março, a 10ª Região Militar apoiou a logística da missão, que incluiu treinamentos no Campo de Instrução General Manoel Theophilo (CIGMT) e uma operação anfíbia no Porto do Mucuripe, com foco em evacuação de civis.
A interoperabilidade entre Brasil e França nas operações combinadas
O objetivo central da Operação Jeanne D’Arc 2025 é aprimorar a interoperabilidade entre as forças armadas do Brasil e da França. Isso significa não apenas treinar lado a lado, mas garantir que ambas as forças consigam operar de forma sincronizada, utilizando doutrinas compatíveis e sistemas de comunicação eficientes. O apoio da 10ª Região Militar (10ª RM) foi essencial para assegurar o sucesso logístico das atividades, com fornecimento de apoio terrestre, transporte, alimentação e suporte de campo aos contingentes envolvidos.
Durante a fase terrestre, realizada no Campo de Instrução General Manoel Theophilo (CIGMT), os 175 cadetes da Escola de Aplicação da França se juntaram a instrutores da Marinha do Brasil para simulações de combate em ambiente de selva e zonas urbanizadas. Já no dia 25, a atenção se voltou ao mar, com a realização de uma operação anfíbia no Porto do Mucuripe, destacando-se a simulação de evacuação de não-combatentes — um tipo de ação vital em cenários de instabilidade geopolítica e humanitária.
Diplomacia militar e o fortalecimento de laços entre as nações
Mais do que um exercício técnico, a Operação Jeanne D’Arc é uma ferramenta de diplomacia militar que fortalece os laços de amizade e confiança entre Brasil e França. A presença dos cadetes franceses em solo brasileiro, em contato direto com instrutores e tropas locais, cria um ambiente de aprendizado mútuo e respeito intercultural. A cooperação nesse nível reforça o compromisso de ambas as nações com os valores democráticos, a liberdade de navegação e a estabilidade internacional.
A participação da 10ª RM nesse processo amplia a visibilidade do Exército Brasileiro no campo da cooperação internacional, demonstrando a capacidade logística e institucional das Forças Terrestres em apoiar operações conjuntas de grande escala. O General de Divisão Cristiano Pinto Sampaio, Comandante da 10ª RM, prestigiou pessoalmente a operação anfíbia, destacando a importância estratégica do intercâmbio para a formação militar e para o fortalecimento da projeção de poder regional.
O papel do Nordeste como cenário estratégico de treinamentos conjuntos
O estado do Ceará vem se consolidando como um dos principais palcos de treinamentos militares internacionais no Brasil. A infraestrutura, a geografia diversificada e a posição estratégica no Atlântico Sul tornam a região um ponto privilegiado para operações combinadas. No caso da Operação Jeanne D’Arc, a escolha por Maranguape e pelo Porto do Mucuripe reforça a vocação do Nordeste para atividades de defesa com viés logístico, tático e simbólico.
Esse tipo de operação traz não apenas ganhos militares, mas também diplomáticos e institucionais. Além de estreitar relações com parceiros estratégicos, como a França, coloca o Brasil em posição de protagonismo nas discussões sobre segurança cooperativa no Atlântico Sul, região vital para o comércio global, recursos naturais e estabilidade internacional. Com apoio de suas organizações militares regionais, como a 10ª RM, o Brasil demonstra estar preparado para atuar em um cenário geopolítico cada vez mais interconectado.
Participe no dia a dia do Defesa em Foco
Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395