Exército e ICMBio unem forças contra crimes ambientais

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Sob o som dos motores dos barcos e o olhar atento dos soldados e agentes ambientais, a Operação CURARETINGA I navegou pelo coração da floresta para defender o que é do Brasil. A união entre o Exército Brasileiro e o Instituto Chico Mendes (ICMBio) resultou em apreensões de drogas, armas e equipamentos ilegais, além de multas milionárias contra crimes ambientais. Foi o Estado brasileiro mostrando força e presença.

Ação integrada: como Exército e ICMBio operaram juntos

A sinergia entre o Comando de Fronteira JAPURÁ/17º BIS e o ICMBio/Tefé foi essencial para a eficiência da operação. Em uma região de difícil acesso, com vastos trechos fluviais e mata densa, o Exército forneceu apoio logístico, segurança e mobilidade tática, permitindo a chegada dos agentes civis a áreas críticas. Com comunicações bem estabelecidas e protocolos de atuação conjunta, as patrulhas realizaram ações coordenadas de fiscalização ambiental e repressão ao tráfico.

O resultado técnico dessa parceria foi expressivo: 252 kg de maconha tipo skunk foram apreendidos, além da inutilização de duas dragas ilegais, 106 operações de garimpo foram interrompidas e mais de R$ 725 mil em multas ambientais foram aplicadas. O uso de embarcações militares e a expertise do ICMBio em mapeamento ecológico garantiram a identificação de pontos sensíveis e permitiram uma resposta rápida e eficaz.

Essa operação confirma que a interoperabilidade entre órgãos militares e ambientais pode se transformar em um poderoso instrumento de combate aos crimes transfronteiriços e de proteção aos biomas nacionais.

Impacto social e simbólico da presença do Estado na região

Além do enfrentamento direto ao crime, a Operação CURARETINGA I também teve como eixo a valorização das comunidades locais. Por meio das chamadas Ações Cívico-Sociais (ACISO), os militares prestaram assistência médica, distribuição de materiais escolares e atividades educativas, especialmente nas comunidades indígenas e ribeirinhas da região de Vila Bittencourt.

Esse contato próximo contribuiu para fortalecer o sentimento de pertencimento à Nação entre os amazônidas, ampliando o vínculo com o Estado e criando uma rede de confiança que colabora para a denúncia de crimes e para a preservação ambiental. A presença do Estado em regiões isoladas não só combate ilícitos, mas também envia uma mensagem clara de que ninguém será deixado para trás.

A atuação cívico-militar se mostrou decisiva para criar resiliência social, valorizando a cultura local e promovendo o protagonismo das comunidades na defesa de seu território e meio ambiente.

A Operação CURARETINGA I como símbolo de soberania

Realizada em um dos pontos mais remotos e estratégicos do Brasil, a Operação CURARETINGA I reafirma o compromisso nacional com a soberania sobre a Amazônia Ocidental. Em um cenário internacional em que a floresta amazônica é frequentemente alvo de disputas e pressões externas, ações como essa evidenciam que o Brasil está presente, vigilante e atuante.

Com mais de 6 mil quilômetros navegados e patrulhados, a operação é uma resposta clara aos que duvidam da capacidade do Estado brasileiro de proteger suas fronteiras e seus recursos naturais. Ao integrar forças militares, ambientais e sociais, a missão amplia a percepção de que a Amazônia não é uma terra sem lei, mas sim um território defendido com técnica, estratégia e sensibilidade.

Em última análise, CURARETINGA I simboliza a capacidade do Brasil de atuar com rigor, inteligência e legitimidade na defesa de seu patrimônio ambiental, cultural e geopolítico.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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