Exército conclui última fase de transferência de controle de armas

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O Exército Brasileiro está em fase final de transferência das funções de fiscalização e controle de armas à Polícia Federal, conforme o Acordo de Cooperação Técnica. Prevista para encerrar no final de dezembro, a última etapa inclui capacitações e o desenvolvimento de um sistema de gerenciamento para garantir uma transição segura e completa até 2025.

Etapas do Cronograma de Transferência

O processo de transição teve início em novembro de 2023, organizado em quatro fases principais. Na primeira fase, o Exército Brasileiro designou equipes especializadas e iniciou a capacitação dos integrantes da Polícia Federal (PF). A segunda fase, em março de 2024, incluiu a concessão de acesso aos sistemas do Exército, compartilhamento de códigos e bancos de dados, e fornecimento de informações e normativos da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC), que conduz essas operações. A fase seguinte, que começou em junho, concentrou-se na capacitação continuada e no início dos testes do sistema de gerenciamento que está sendo desenvolvido pela PF.

Agora, na fase final, o Exército Brasileiro segue acompanhando a capacitação de integrantes da PF e o refinamento do sistema de gerenciamento que será utilizado na fiscalização e controle de armas. Este sistema, desenvolvido pela PF, garantirá que a transição ocorra de forma eficiente e sem interrupções nas atividades de monitoramento e controle, com o apoio técnico da DFPC.

Impacto da Transferência para a Polícia Federal

Com a conclusão dessa transição, a Polícia Federal passará a assumir oficialmente, a partir de 1º de janeiro de 2025, todas as competências de fiscalização, controle e autorização de armas anteriormente sob responsabilidade do Exército. Isso inclui a gestão de registros de pessoas físicas e jurídicas, autorizações de compra e venda de armas, concessão de guias de tráfego e fiscalização das atividades dos Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs). A PF também será responsável pelo controle do comércio de armas para pessoas físicas, o que abrange a emissão de autorizações para aquisição e posse de armas e munições.

Esse processo de transferência traz uma estrutura centralizada e organizada pela Polícia Federal, que absorverá a responsabilidade pela segurança e fiscalização de armas no país. A expectativa é de que a PF, com o novo sistema de gerenciamento e o suporte técnico recebido, tenha mais ferramentas para lidar de forma eficiente com o monitoramento dessas atividades, garantindo segurança e atendimento ao público de forma ágil e eficaz.

Base Legal e Importância da Transição

A transferência de competências do Exército para a Polícia Federal segue as diretrizes estabelecidas pelo Decreto nº 11.615, de 21 de julho de 2023, que define a PF como a entidade responsável pelas atividades de fiscalização de armas de fogo, munições e acessórios relacionados ao tiro desportivo, caça excepcional e colecionismo. O processo também está alinhado com a Lei nº 10.826, de 2003, que regulamenta o controle de armas no Brasil.

Ao longo do processo de transição, o Exército Brasileiro e a DFPC mantiveram reuniões frequentes de monitoramento com os coordenadores da PF, demonstrando o compromisso com a segurança e transparência na execução das etapas previstas. O objetivo principal é assegurar uma transição sem interrupções, que garanta o controle eficaz e centralizado das armas no Brasil, refletindo o empenho do Exército e da PF em fortalecer as medidas de segurança e controle no país.

Com a finalização prevista para o fim de 2024, o Exército e a Polícia Federal consolidam a transferência de competências para que o sistema de fiscalização e controle de armas seja eficiente e atenda plenamente às necessidades de segurança pública e regulamentação no Brasil.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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