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Entre latidos firmes e olhares atentos, quatro novos recrutas chegaram ao Forte do Pinheirinho, em Curitiba. Mas, ao contrário dos soldados de farda verde-oliva, esses combatentes têm quatro patas e um faro apurado. A 5ª Companhia de Polícia do Exército (5ª Cia PE) recebeu novos cães de guerra, que passarão por um intenso treinamento antes de integrarem missões de patrulha, faro e proteção.
O Treinamento dos Cães de Guerra
O treinamento dos cães de guerra do Exército Brasileiro segue um rigoroso processo de adestramento, que começa desde filhotes. Assim que chegam à 5ª Companhia de Polícia do Exército, os cães passam por uma fase inicial de socialização, onde aprendem a interagir com outros animais e com os militares. Esse período inclui a técnica do imprinting, que consiste em expor os filhotes a diferentes tipos de terrenos e situações, preparando-os para desafios futuros.
As técnicas de adestramento variam conforme a especialidade de cada cão. Enquanto os pastores alemães, como o jovem Bradock, são treinados principalmente para faro e detecção de substâncias ilícitas, os rottweilers, como Blade, Perseu e Nico, são preparados para guarda e proteção. Os cães também são treinados para atuar em ambientes de risco, como operações na fronteira e postos de controle, garantindo mais agilidade e segurança às ações do Exército.
O Papel Estratégico dos Cães no Exército Brasileiro
Os cães de guerra são uma ferramenta essencial para o Exército Brasileiro, contribuindo diretamente para a eficiência das operações. Seu faro apurado permite identificar mais de 11 tipos de substâncias ilícitas, como crack, cocaína, maconha e LSD, tornando o trabalho de fiscalização mais ágil e preciso. Segundo o 3º Sargento Rafael Lutero Valadares Onofre, uma inspeção de bagagens que levaria cerca de 40 minutos pode ser feita em apenas 15 minutos com a ajuda dos cães.
Além da detecção de drogas, os cães também são empregados na busca por explosivos, reforçando a segurança de áreas estratégicas. Em operações militares, sua presença aumenta a proteção das tropas, funcionando como uma linha adicional de defesa contra ameaças externas. Sua versatilidade permite que sejam utilizados em patrulhas, fiscalização de fronteiras e até mesmo em missões com tropas paraquedistas.
Integração e Bem-Estar dos Cães de Guerra
Além da função operacional, os cães desempenham um papel importante no bem-estar psicológico dos militares. De acordo com o Capitão André da Silva Almeida, Comandante da 5ª Cia PE, a presença dos cães contribui para a redução do estresse da tropa e para o fortalecimento da coesão entre os soldados. Esse fator tem sido reconhecido desde a Segunda Guerra Mundial, quando o uso de cães no ambiente militar se tornou mais difundido.
Após anos de serviço, os cães de guerra podem ser aposentados e permanecer sob os cuidados da Instituição, recebendo alimentação e suporte veterinário. Outra possibilidade é a adoção, regulamentada pelas Normas para o Controle de Caninos no Exército Brasileiro (NORCCAN). O animal pode ser adotado tanto pela sociedade quanto pelo próprio adestrador, garantindo que sua trajetória de dedicação ao país seja recompensada com um lar seguro e acolhedor.
Além das operações militares, os cães também participam de demonstrações em escolas, universidades e eventos cívico-sociais, promovendo a interação entre o Exército e a comunidade. Com isso, reforçam seu papel não apenas como agentes de segurança, mas também como símbolos da parceria entre homem e animal na proteção da sociedade.
Com a chegada desses novos filhotes à 5ª Cia PE, o Exército Brasileiro fortalece ainda mais sua capacidade operacional, garantindo que os cães de guerra continuem desempenhando um papel essencial nas missões militares do país.
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