Exército Brasileiro fortalece cooperação com a OPAQ

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A busca por excelência científica e cooperação internacional levou o Exército Brasileiro a alcançar mais um marco na área de defesa química e biológica. Em fevereiro de 2025, o Laboratório de Análises Químicas (LAQ) do Instituto de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (IDQBRN) atuou pela primeira vez como laboratório avaliador na Organização para Proibição de Armas Químicas (OPAQ) e obteve certificação para análise de Biotoxinas. Essas conquistas consolidam o Brasil como referência na área e fortalecem sua participação nos tratados internacionais de desarmamento.

O papel do LAQ na OPAQ e sua importância estratégica

O Laboratório de Análises Químicas (LAQ), vinculado ao IDQBRN e subordinado ao Centro Tecnológico do Exército (CTEx), é atualmente o único laboratório da América Latina certificado pela OPAQ. Esse reconhecimento internacional destaca a capacidade técnica brasileira na área de defesa química e biológica.

Em fevereiro de 2025, o LAQ participou do 56º Teste Oficial de Proficiência da OPAQ, não apenas como candidato, mas também como laboratório avaliador. Isso significa que, além de submeter suas próprias análises para certificação, o laboratório brasileiro auxiliou na avaliação dos resultados de outros países. Esse novo papel reforça a posição estratégica do Brasil dentro da organização e fortalece sua participação nas discussões globais sobre o controle de armas químicas.

A certificação do LAQ tem implicações diretas para a segurança nacional. Além de contribuir para o cumprimento dos compromissos internacionais do Brasil, a expertise adquirida pelo laboratório pode ser utilizada no monitoramento e combate a possíveis ameaças químicas dentro do território nacional.

A conquista da capacidade em Biotoxinas

Outra importante conquista do LAQ foi sua certificação para atuar com Biotoxinas, um avanço significativo no campo da defesa química e biológica. Biotoxinas são substâncias tóxicas produzidas por organismos vivos, como bactérias e fungos, e podem ser utilizadas em armas biológicas ou representar riscos ambientais e de saúde pública.

O laboratório brasileiro participou, em setembro de 2024, de um ensaio promovido pela OPAQ para detecção de toxinas em amostras ambientais. Com desempenho máximo na identificação dos compostos testados, o LAQ garantiu sua inserção no calendário internacional de atividades envolvendo Biotoxinas.

Essa nova capacidade expande o leque de atuação do Exército Brasileiro na área de defesa química e biológica. Além de fortalecer a resposta do país contra possíveis ameaças, o avanço permite que o Brasil colabore em operações conjuntas com outras nações e contribua para o desenvolvimento de protocolos internacionais de segurança.

Compromisso do Brasil com tratados internacionais

O Exército Brasileiro, por meio do IDQBRN e do LAQ, tem papel ativo nas conferências da OPAQ, realizadas anualmente em Haia, nos Países Baixos. A participação nesses eventos permite ao Brasil acompanhar as discussões globais sobre o desarmamento químico e contribuir com sua expertise para o aprimoramento das políticas internacionais de segurança.

A atuação do LAQ fortalece o compromisso do Brasil com a Convenção para a Proibição de Armas Químicas, tratado internacional que busca eliminar o uso de armas químicas no mundo. O envolvimento direto do Exército Brasileiro em testes de proficiência, avaliações laboratoriais e análises avançadas reforça a credibilidade do país na área e demonstra sua responsabilidade com a segurança global.

Com essas recentes conquistas, o Brasil se consolida como um dos principais atores da América Latina na área de defesa química e biológica. O avanço do LAQ dentro da OPAQ não só reafirma a competência científica do Exército Brasileiro, mas também reforça sua missão de proteger o país e contribuir para a paz e a segurança internacionais.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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