O Exército Brasileiro assumiu a presidência da Conferência dos Exércitos Americanos (CEA), um órgão militar internacional constituído e liderado por exércitos dos continentes americanos. Em solenidade realizada nesta quinta-feira, 4, no Colégio Militar de La Nacion, em Buenos Aires, o Comandante do Exército Brasileiro, General de Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, recebeu do Comandante do Exército da Argentina e Presidente da CEA durante o ciclo 2020-2021, Tenente General Augustín Humberto Cejas, a chefia da conferência.

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A partir da transmissão da presidência, estão encerrados os trabalhos do 34º ciclo, conduzido pela Argentina, e iniciam-se os trabalhos do 35º ciclo, que o Exército Brasileiro conduzirá até 2023. A nova etapa terá como tema “A contribuição da Conferência dos Exércitos Americanos no processo de transformação e preparação do Exército do Futuro para a ampliação da cooperação e integração no enfrentamento dos desafios e ameaças que podem afetar a segurança e estabilidade do Continente Americano”.

A passagem da presidência foi marcada por uma videoconferência que reuniu comandantes e representantes dos comandos dos exércitos das 22 nações que constituem a CEA. Na oportunidade, o General Paulo Sérgiodestacou a importância da Conferência e dos trabalhos do último ciclo, que foram voltados à formação dos sargentos.

“A Conferência dos Exércitos Americanos é capaz de unir os Exércitos Americanos e organismos militares observadores com o objetivo de ser um fórum de debates para o intercâmbio de experiências e a ampliação dos laços de amizade e da confiança mútua. Isso foi demonstrado no Ciclo 34, no qual importantes acordos foram aprovados. As conclusões e recomendações sobre o treinamento e atuação dos sargentos serão de grande utilidade para o Brasil, pois decidimos implantar uma nova Escola de Sargentos do Exército, que reunirá as atuais escolas em uma única instituição de ensino, melhorando assim a formação dos líderes das pequenas frações”.

O Comandante do Exército Argentino, General Cejas, enfatizou a superação e a capacidade de adaptação dos trabalhos do 34º ciclo, atingido pelas limitações da pandemia da covid-19, e destacou o compromisso do Brasil com a próxima etapa. “Aprendemos que a ferramenta virtual nos permite otimizar recursos e tempo. A utilização desta modalidade constitui uma inovação na Conferência dos Exércitos Americanos e por isso devemos trabalhar para encontrar um equilíbrio metodológico para atingir os objetivos traçados. As lições aprendidas neste ciclo indicam que a modalidade híbrida é a que permite atingir a maior eficiência no cumprimento do programa de eventos da Conferência. O Exército do Brasil, que recebe hoje a sede e a presidência da CEA, certamente encontrará uma forma de capitalizar essas experiências, que lhe permitirão cumprir os acordos que aprovamos e desenvolver com sucesso o próximo ciclo”.

Além da presidência, outras funções foram transmitidas entre os Exércitos Argentino e Brasileiro. O 5º Subchefe do Estado-Maior do Exército Brasileiro, General de Divisão Alcides Valeriano de Faria Júnior, assumiu a Secretaria-Geral da CEA; e o Coronel Eduardo Dávila assumiu a Secretaria Executiva. Após a videoconferência, o General Paulo Sérgio e o General de Exército Marcos Antônio Amaro, Chefe do Estado-Maior do Exército, foram agraciados com a medalha Irmandade dos Exércitos Americanos. Uma formatura e um desfile realizados no pátio de formatura do Colégio Militar de La Nacion encerraram a solenidade.

CEA
Criada em 1960, a CEA tem o objetivo de se tornar um fórum de debates para o intercâmbio de experiências entre os exércitos do Continente Americano, sendo o Brasil um dos membros fundadores. A presidência da CEA é exercida de maneira rotativa, e o Brasil foi sede do evento nos anos de 1968, 1994 e 2006. Os atuais membros da conferência são Antigua & Barbuda, Argentina, Barbados, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, EUA, Guatemala, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Paraguai, Peru, República Dominicana, Trinidad & Tobago, Uruguai e Venezuela.

A CEA conta ainda com a participação da Conferência das Forças Armadas Centro-Americanas (CFAC) e da Junta Interamericana de Defesa (JID) como organismos militares observadores. Os exércitos de Belize, Guiana e Suriname atuam como exércitos observadores, e o da Espanha participa como exército observador especial.

Fonte: Centro de Comunicação Social do Exército
Marcelo Barros, com informações do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).