Exército ativa Batalhão de Precursores e amplia poder estratégico

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No campo de batalha moderno, a informação e a mobilidade são diferenciais decisivos. A ativação do Batalhão de Precursores (B Prec), oficializada pelo Exército Brasileiro em 7 de fevereiro de 2025, responde a essa necessidade, elevando a operacionalidade das tropas aeroterrestres. Com capacidades avançadas de infiltração e controle tático, a nova unidade herda o legado da Companhia de Precursores Paraquedistas e expande suas atribuições, tornando-se um elemento-chave nas missões de Forças de Emprego Estratégico.

A Evolução dos Precursores: Da Companhia ao Batalhão

A história dos precursores paraquedistas remonta à Segunda Guerra Mundial, período em que o conceito de operações aeroterrestres revolucionou a guerra moderna. Inspirado por essa evolução, o Exército Brasileiro enviou oficiais e sargentos para treinamento especializado no exterior, o que resultou na criação da Escola de Paraquedistas em 1945. Com o tempo, o país consolidou sua própria doutrina de precursores, formando militares altamente capacitados para infiltração e reconhecimento em cenários de combate.

A Companhia de Precursores Paraquedistas (Cia Prec Pqdt) destacou-se em diversas operações militares e humanitárias, demonstrando flexibilidade e alto nível de treinamento. Essa expertise ficou evidente em missões como a Operação Taquari, onde os precursores desempenharam um papel essencial na organização e no controle do espaço aéreo durante o resgate de vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

Diante da crescente demanda por tropas especializadas, o Exército Brasileiro deu um passo estratégico: expandir a Companhia e transformá-la no Batalhão de Precursores (B Prec), subordinado à Brigada de Infantaria Paraquedista. Com essa mudança, a unidade amplia suas capacidades operacionais, consolidando-se como uma força de pronta resposta para missões de alta complexidade.

Capacidades Operacionais: O Diferencial do Batalhão de Precursores

Os precursores se destacam por sua capacidade de atuar em ambientes hostis e de difícil acesso, garantindo o êxito das operações aeroterrestres. Com a ativação do Batalhão, o Exército amplia sua capacidade de infiltração furtiva, reconhecimento estratégico e controle de tráfego aéreo militar.

Entre as técnicas dominadas pelos militares do B Prec, destacam-se:

  • Salto Livre Operacional – infiltração discreta em território inimigo a grandes altitudes;
  • Controle de zonas de embarque e desembarque – organização de pousos e decolagens em missões militares e humanitárias;
  • Levantamentos meteorológicos e geográficos – coleta de dados essenciais para a segurança das operações;
  • Ações de Inteligência, Reconhecimento, Vigilância e Aquisição de Alvos (IRVA) – apoio à obtenção de informações estratégicas em tempo real.

A unidade também reforça suas capacidades tecnológicas, utilizando Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP) para vigilância e reconhecimento. Essa integração de recursos humanos altamente treinados com tecnologia de ponta aumenta a consciência situacional e a eficiência das missões.

Impacto na Defesa Nacional e Cooperação Internacional

A ativação do Batalhão de Precursores não apenas fortalece o poder operacional do Exército Brasileiro, mas também eleva a Brigada de Infantaria Paraquedista a um novo patamar estratégico. O B Prec passa a ser uma peça-chave nas Forças de Emprego Estratégico, ampliando a capacidade de resposta rápida a crises e conflitos.

Além disso, o batalhão reforça a cooperação internacional. Os precursores brasileiros participam frequentemente de exercícios combinados com forças estrangeiras, como a Combat Controllers Team da Força Aérea dos Estados Unidos, aprimorando suas técnicas e alinhando-se às melhores práticas globais em guerra aeroterrestre.

O impacto da ativação do Batalhão também se estende para o cenário interno, com a unidade atuando em operações conjuntas com forças de segurança pública e outras Forças Armadas, contribuindo para o combate a crimes transnacionais e para a defesa da soberania nacional.

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Apoio

Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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