Exército apoia resgate de jovens indígenas na Terra Indígena Kwata/Laranjal

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Perdidos na imensidão da floresta amazônica por seis dias, dois adolescentes indígenas da etnia Munduruku foram resgatados com vida neste domingo (16) na Terra Indígena Kwata/Laranjal, no Amazonas. A operação envolveu uma força-tarefa composta por indígenas, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e tropas do Comando Militar da Amazônia (CMA), que disponibilizou uma aeronave e equipes especializadas para intensificar as buscas.

A operação de resgate e o papel do Exército nas buscas

Os jovens, de 14 e 12 anos, desapareceram enquanto se deslocavam pela floresta na região norte do município de Borba. Assim que foi acionado pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), o Comando Militar da Amazônia mobilizou tropas do 1º Batalhão de Infantaria de Selva (1º BIS) e um helicóptero HM-4 do 4º Batalhão de Aviação do Exército, permitindo ampliar a área de busca e agilizar o resgate.

A operação também contou com a participação de indígenas experientes na mata, que foram fundamentais para rastrear os adolescentes. Eles foram encontrados na comunidade Paca, ao sul da comunidade Vila Nova, cerca de 20 quilômetros do local onde se perderam. Com o auxílio do helicóptero do Exército, os jovens foram transportados em segurança até Nova Olinda, onde passaram por avaliação médica.

O resgate demonstra a importância da atuação coordenada entre os órgãos de segurança e as comunidades indígenas, garantindo respostas rápidas e eficazes em situações de emergência na floresta amazônica.

O estado de saúde dos adolescentes e o atendimento após o resgate

Apesar do tempo em que permaneceram na floresta, os adolescentes foram encontrados em boas condições de saúde. Inicialmente, receberam atendimento do médico do Polo Base da Aldeia Laranjal, que constatou que ambos estavam conscientes, sem ferimentos graves e apenas com sinais de desidratação e cansaço.

Para garantir um acompanhamento mais detalhado, os jovens foram encaminhados para Nova Olinda, onde passaram por reidratação e exames médicos complementares. Segundo as equipes de atendimento, ambos se recuperam bem e não apresentam riscos à saúde.

O caso ressalta a importância da assistência médica em áreas remotas da Amazônia, onde o acesso a unidades de saúde é limitado e a presença de equipes especializadas pode ser decisiva para salvar vidas.

O compromisso do CMA com os povos indígenas e a segurança na Amazônia

O Comando Militar da Amazônia tem atuado constantemente na proteção da população amazônica, em especial das comunidades indígenas que vivem em áreas isoladas. Além de operações de resgate, o CMA participa de ações humanitárias, transporte de suprimentos, atendimento médico e apoio logístico em regiões de difícil acesso.

Nos últimos anos, o Exército tem reforçado a cooperação com os povos indígenas, promovendo parcerias para garantir segurança, saúde e infraestrutura nas aldeias. A presença militar na Amazônia não se limita à defesa da soberania nacional, mas também ao compromisso com a assistência humanitária e a preservação da vida na floresta.

A exitosa operação de resgate dos jovens Munduruku reforça esse compromisso, demonstrando que a união entre as forças de segurança e as comunidades locais é essencial para garantir a proteção das populações tradicionais da Amazônia.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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