Exercício conecta Marinha, Exército e FAB em simulação inédita

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Em um exercício pioneiro, as Forças Armadas Brasileiras conectaram seus sistemas estratégicos de comunicação, comando e controle durante uma simulação de conflito no Rio Grande do Sul. A operação uniu Marinha, Exército e Força Aérea em uma demonstração prática de interoperabilidade multidomínio, utilizando tecnologias avançadas como o Link-BR2, RDS Defesa e Multi Data-Link Processor.

O exercício de interoperabilidade multidomínio

O objetivo do exercício foi integrar sistemas desenvolvidos por cada uma das Forças Armadas para ampliar a eficiência das operações conjuntas. A simulação testou cenários reais de conflito, como o ataque a aeronaves inimigas, a retomada de pontes ocupadas e o envio de imagens capturadas por binóculos termais diretamente para as viaturas do Exército.

Durante a operação, dados e ordens foram transmitidos em tempo real entre plataformas aéreas, terrestres e navais. Essa integração foi possível graças ao uso de estações multidomínio de comando e controle, onde a comunicação fluía de maneira contínua e protegida entre aeronaves, viaturas e embarcações, garantindo maior consciência situacional e precisão nas tomadas de decisão.

Sistemas estratégicos em operação conjunta

O exercício utilizou o Link-BR2, um sistema de comunicação tática desenvolvido pela AEL Sistemas para a Força Aérea Brasileira (FAB). Integrado a plataformas como o caça F-39 Gripen, o Link-BR2 oferece comunicação segura e em tempo real, utilizando tecnologia de ponta em criptografia. A integração do sistema com rádios MARC e RDS Defesa permitiu a conexão com as viaturas do Exército e as embarcações da Marinha.

No domínio terrestre, o Exército utilizou o Gerenciador de Campo de Batalha (GCB), que proporciona localização precisa de tropas e veículos, além de comunicação por mensagens de texto entre unidades. Já a Marinha completou o ciclo com o Multi Data-Link Processor (MDLP), um sistema que conecta diferentes enlaces de dados táticos, garantindo a interoperabilidade entre suas unidades e as outras Forças.

O impacto tecnológico e estratégico do exercício

O sucesso do exercício representa um avanço significativo para a defesa nacional. O Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, destacou a importância do Link-BR2 para a interoperabilidade das Forças. Ele enfatizou que a tecnologia já está integrada ao projeto F-39 Gripen e será utilizada em futuras aquisições, como o avião E-99, aumentando a capacidade operacional da FAB.

O Presidente da AEL Sistemas, Gal Lazar, reforçou que o Link-BR2 posiciona o Brasil na vanguarda da guerra centrada em redes, conectando todas as Forças em um único sistema. Além disso, o exercício demonstra a viabilidade do uso dessas tecnologias em missões reais, como monitoramento de fronteiras, combate ao tráfico e operações de resgate.

Com essas conquistas, o Brasil consolida sua capacidade de desenvolver soluções tecnológicas autônomas e estratégicas, fortalecendo a segurança nacional e sua posição no cenário internacional.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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