Foto: US Air Force/Tech. Sgt. Richard P. Ebensberger

A Força Aérea dos Estados Unidos está enviando bombardeiros do tipo B-1 para a Noruega pela primeira vez, em um movimento que deixa uma mensagem clara a Moscou de que os militares dos Estados Unidos operarão na região ártica estrategicamente importante.

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O gesto demonstra que os EUA defenderão aliados na área contra qualquer agressão russa perto da fronteira do país.

Quatro bombardeiros B-1 da Força Aérea dos EUA e aproximadamente 200 membros da Força Aérea Dyess no Texas estão sendo destacados para a Base Aérea de Orland na Noruega e, nas próximas três semanas, as missões começarão no Círculo Polar Ártico e no espaço aéreo internacional no noroeste da Rússia, de acordo com vários oficiais de defesa.

Até agora, as missões militares sobre o Ártico haviam sido em grande parte encenadas nos arredores do Reino Unido. O movimento de forças para muito mais perto da Rússia significa que os EUA serão capazes de reagir mais rapidamente a uma potencial agressão de Moscou, disseram autoridades.

“Prontidão operacional e nossa capacidade de apoiar aliados e parceiros e responder com rapidez são essenciais para o sucesso combinado”, disse o general Jeff Harrigian, comandante das Forças Aéreas dos EUA na Europa e África.

Nos últimos meses, o Pentágono operou grupos semelhantes de bombardeiros B-52 no Oriente Médio como um meio de demonstrar a capacidade dos EUA de mover rapidamente meios militares para regiões potencialmente tensas. Essas missões de bombardeiros levam semanas para serem planejadas, então a implantação da Noruega está em andamento há algum tempo, dizem as autoridades.

O presidente Joe Biden já demonstrou que está preparado para adotar uma abordagem mais dura em relação a Moscou do que seu antecessor, Donald Trump. Ele fez sua primeira ligação no mês passado ao presidente russo, Vladimir Putin, e o confrontou sobre uma série de questões, desde um recente ataque cibernético massivo até a suspeita de envenenamento da principal figura da oposição do país, Alexei Navalny.

O Departamento de Defesa dos EUA está profundamente preocupado com os movimentos militares russos para bloquear o acesso potencial ao Ártico para recursos naturais e acesso marítimo, enquanto continua a militarizar a região do Ártico.

“Os recentes investimentos russos no Ártico incluem uma rede de meios aéreos ofensivos e sistemas de mísseis costeiros”, alertou Barbara Barrett, secretária da Força Aérea durante a administração Trump, quando a Força Aérea tornou público como lidaria com o Ártico no verão passado.

Os EUA avaliam que a Rússia considera a manutenção de seu próprio acesso ao Ártico cada vez mais vital, com quase 25% de seu produto interno bruto proveniente de hidrocarbonetos ao norte do Círculo Polar Ártico, indicou Barrett.

Um caça a jato russo voou baixo perto do USS Donald Cook, um contratorpedeiro naval, nas águas internacionais do Mar Negro no mês passado.

A Marinha dos Estados Unidos navega rotineiramente nessas águas para enviar a mensagem de que manterá o acesso marítimo na região.

Após um “pequeno encontro”, a Marinha dos EUA emitiu um comunicado dizendo que “a proximidade desnecessária das ações do Su-24 russo eram inconsistentes com a boa pilotagem e as normas e padrões internacionais. A Sexta Frota dos EUA está comprometida em manter a liberdade de movimento em águas internacionais para todos nações do Mar Negro. “

Fonte: CNN Brasil

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).