Em continuidade a sua estratégia de desenvolvimento do campo de exploração de petróleo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, a Petrobras receberá, no dia 1 de fevereiro, as propostas das empresas pré-qualificadas para a licitação da construção das plataformas P-78 e P-79. O processo tem a participação de 10 companhias nacionais e internacionais e entre esses grupos está a EBR – Estaleiros do Brasil, que tem o seu estaleiro localizado no município de São José do Norte.

Além do complexo gaúcho, estão concorrendo pela demanda da estatal empresas como Estaleiro Brasfels, Single Buoy Moorings, Toyo Engineering Corporation, Keppel Shipyard, Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering, Modec, Samsung Heavy Industries, Hyundai Heavy Industries e Technip France. O fato da EBR estar participando da disputa é um alento para o polo naval do Rio Grande do Sul que vive um longo período de estagnação.

Recentemente, o CEO da EBR, Maurício Godoy, disse estar otimista quanto às chances de conquistar novos projetos a serem executados a partir de 2021. Conforme o executivo, a Petrobras anunciou para os próximos anos sete plataformas FPSOs (unidades flutuantes que produzem e armazenam petróleo) no campo de Búzios, com regras de conteúdo local. “Já passamos pela fase de análise técnica e financeira e fomos aprovados. Estamos bem posicionados nessas disputas e confiantes que ganharemos projetos”, afirmou Godoy.
Segundo ele, os campos do pré-sal são reconhecidos por sua alta qualidade e isso tem impulsionado o mercado de FPSOs no Brasil. Além de novos projetos, a Petrobras anunciou sua intenção de equilibrar o modelo de contratação de sua frota entre leasing e plataformas próprias (EPC – sigla em inglês para a contratação de engenharia, suprimento e construção). Nos últimos anos, a estatal focou no leasing e agora pretende dar continuidade também aos contratos de EPC, como nas plataformas P-78 e P-79, que estão em licitação.

Nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias de nossas forças armadas e indústria da defesa.

Exxon Mobil, Shell, BP e Equinor também estão aumentando sua participação no mercado brasileiro com base na aquisição de campos de petróleo em recentes leilões. Godoy afirma que o estaleiro EBR está bem preparado para atender a essas demandas. “Ao longo de 2020, fizemos investimentos em ampliação de capacidade, na construção de uma nova cabine de pintura, alargamento de ruas e instalação de gás industrial em todos os prédios de produção”, ressalta o executivo. Os investimentos também incluem melhorias na área de segurança do trabalho.
Apesar da maior complexidade, Godoy comenta que a empresa está capacitada para executar esses projetos de acordo com as regras sanitárias para prevenção da covid-19. Durante 2020, a pandemia não impediu a execução de três projetos que estavam em andamento e devem se estender em 2021, e que contam com efetivo de 1,5 mil trabalhadores. “Não temos dificuldade para ampliar o contingente para 3 mil pessoas, garantindo o distanciamento social e os protocolos de higiene”, frisa o CEO do estaleiro EBR.

Nesta etapa da concorrência pelas plataformas P-78 e P-79, de acordo com a Petrobras, as empresas apresentarão seus preços, além da proposta técnica. Todas as proponentes foram previamente qualificadas para a licitação, quando foram analisados requisitos financeiros, técnicos e operacionais destas companhias. O processo decisório de contratação de bens e serviços da Petrobras considera três critérios: qualidade, competitividade e prazo de fornecimento. As duas estruturas terão capacidade para processar diariamente 180 mil barris de óleo e 7,2 milhões de metros cúbicos de gás, cada uma. A previsão da estatal é de que essas plataformas entrem em operação em 2025.

Fonte: Jornal do Comercio

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).