Crédito: Skydweller Aero/Divulgação

A Marinha dos Estados Unidos está trabalhando no desenvolvimento de um drone militar sem manivela capaz de voar por 90 dias seguidos. Para isso, a aeronave deve contar com gigantescos painéis solares em cada uma de suas asas, permitindo uma enorme economia nos custos necessários para pousos e decolagens e facilitando missões de monitoramento e reconhecimento.

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O drone militar, chamado temporariamente de Skydweller, está sendo desenvolvido pela de engenharia aeroespacial Skydweller Aero, que é metade estadunidense e metade espanhola. Além de permitir missões de monitoramento mais longas e baratas, o projeto de aeronave também representa um grande salto para aeronaves que usam energia renovável.

O novo drone é baseado no modelo Solar Impulse 2, uma aeronave solar tripulada que deu uma volta ao mundo entre 2015 e 2016. A empresa converteu o projeto no Skydweller removendo o assento do piloto, o que permite um maior alcance e aumenta o volume de carga que pode ser levado pela aeronave, outras atualizações e ajustes foram feitos para tornar o drone mais moderno.

Conversão em drone militar

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Solar Impulse 2 foi convertido em um avião elétrico. Crédito: Skydweller Aero/Divulgação

O resultado das alterações foi um drone militar com uma envergadura de cerca de 72 metros, coberta por nada menos que 269 metros quadrados de células fotovoltaicas, o que pode gerar até dois quilowatts de energia. Além disso, a aeronave poderá carregar mais de 360kg de equipamento de radar e câmera, segundo as especificações técnicas divulgadas à imprensa.

Atualmente, o plano da Skydweller Aero é primeiro testar um voo autônomo, posteriormente, a decolagem autônoma, depois disso o pouso autônomo e, por fim, um voo totalmente autônomo. Segundo o CEO da empresa, Robert Miller, assim que o funcionamento da aeronave for comprovado, serão realizados os testes de longa duração com o objetivo de operar por 90 dias.

Atualmente, a Marinha dos Estados Unidos opera drones que podem permanecer no ar por cerca de 30 horas em patrulhas marítimas, porém, essas aeronaves são bem maiores. Contudo, voos mais longos podem ser úteis para uma gama mais ampla de missões. Além disso, ao voar por 90 dias, ao invés de centenas de pousos e decolagens, serão apenas duas decolagens e dois pousos.

Com informações do Futurism

Fonte: Olhar Digital