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Em um marco histórico para a Força Aérea Brasileira, a major aviadora Joyce de Souza Conceição assumiu o comando do Esquadrão Gordo, no último dia 16 de janeiro, tornando-se a primeira mulher a liderar uma unidade aérea na FAB. A oficial, natural de Manaus, chega ao cargo após uma carreira de conquistas inéditas, como ser a primeira brasileira habilitada a pilotar o C-130 Hercules e realizar um pouso na Antártica.
Trajetória de pioneirismo: a carreira da major Joyce
Natural de Manaus, no Amazonas, a major aviadora Joyce de Souza Conceição tem uma carreira marcada por pioneirismo e dedicação. Desde que ingressou na Força Aérea Brasileira em 2003, como parte da primeira turma de aviadoras da Academia da Força Aérea (AFA), ela desafiou barreiras e se destacou em um ambiente historicamente dominado por homens. Formada em 2006, Joyce especializou-se na Aviação de Transporte, iniciando uma trajetória de missões complexas e desafios superados.

Uma de suas principais conquistas ocorreu em 2012, quando, ainda como tenente, se tornou a primeira aviadora brasileira habilitada a pilotar o C-130 Hercules, uma das aeronaves mais emblemáticas da FAB. Anos depois, em 2016, já no Esquadrão Gordo, alcançou outro feito histórico ao ser a primeira mulher brasileira a pousar na Antártica. Essas realizações consolidaram sua reputação como uma militar de excelência técnica e pioneira em seu campo.
Antes de assumir o comando do Esquadrão Gordo, a major Joyce já havia atuado como oficial de operações da unidade entre 2021 e 2022, coordenando missões logísticas e humanitárias complexas. Sua nomeação para o comando da unidade aérea é vista como o reconhecimento de sua competência, liderança e dedicação à missão da Força Aérea Brasileira.
O Esquadrão Gordo e sua importância estratégica para a FAB
O Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte, conhecido como Esquadrão Gordo, é uma das unidades aéreas mais tradicionais e estratégicas da Força Aérea Brasileira. Com sede na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, a unidade é responsável por missões cruciais como transporte logístico, ajuda humanitária, apoio à defesa e operações de busca e resgate.
A principal aeronave operada pelo esquadrão é o KC-390 Millennium, um vetor moderno desenvolvido pela Embraer, com capacidade de transportar até 26 toneladas de carga. Essa aeronave é ideal para missões em condições extremas, como pousos em pistas não preparadas, combate a incêndios, transporte de tropas e reabastecimento em voo. Durante crises humanitárias e desastres naturais, o Esquadrão Gordo desempenha um papel essencial no transporte de suprimentos e na evacuação de áreas afetadas, tanto no Brasil quanto no exterior.
Nos últimos anos, o Esquadrão Gordo participou de diversas operações de destaque, como a Operação Taquari II, em 2024, durante as enchentes no Rio Grande do Sul, e missões de apoio humanitário em países afetados por desastres naturais. Sob o comando da major Joyce, a unidade continuará a ser referência em profissionalismo, prontidão e segurança, contribuindo para a projeção da FAB como uma força eficiente e versátil.
O impacto do comando feminino na FAB e nas Forças Armadas
A nomeação da major Joyce para o comando do Esquadrão Gordo representa um marco na história das Forças Armadas brasileiras, reforçando o crescimento e a representatividade feminina em funções de liderança. Atualmente, cerca de 13 mil mulheres integram a Força Aérea Brasileira, ocupando postos que vão desde a administração até áreas operacionais, como a aviação e o controle de tráfego aéreo.
Para a major, assumir essa posição não é apenas uma conquista pessoal, mas também uma oportunidade de inspirar outras mulheres a seguirem seus sonhos, mesmo em carreiras desafiadoras. “O céu é vasto, e há espaço para todas nós”, declarou a comandante, incentivando jovens mulheres a perseguirem seus objetivos com coragem e determinação.
A trajetória da major Joyce reflete a evolução das Forças Armadas no reconhecimento da capacidade feminina. Desde que as mulheres foram admitidas na AFA, em 2003, o número de aviadoras e militares em cargos de destaque tem crescido, demonstrando que barreiras estão sendo quebradas. No entanto, desafios ainda persistem, e exemplos como o de Joyce ajudam a abrir portas e a pavimentar o caminho para futuras gerações.
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