ESG debate guerra cibernética e riscos à segurança nacional

Palestrante discutindo segurança e defesa cibernética em evento.
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Guerra híbrida, resiliência digital e inteligência de ameaças foram temas que dominaram o IV Simpósio de Cibersegurança, realizado pela Escola Superior de Guerra (ESG). Com conferencistas de renome e uma audiência formada por estagiários, pesquisadores e militares, o evento destacou o papel central da defesa cibernética no cenário atual de disputas geopolíticas e vulnerabilidades tecnológicas.

Complexidade técnica em tempos de guerra digital

Com o tema “A Complexidade de Atores Múltiplos”, o IV Simpósio de Cibersegurança trouxe uma abordagem profunda e multifacetada sobre os riscos da guerra cibernética. Realizado no auditório da Escola de Educação Física do Exército, na Fortaleza de São João, no Rio de Janeiro, o evento abordou tópicos como resiliência cibernética, continuidade de negócios, proteção de infraestruturas críticas e monitoramento de ameaças.

Conferência militar com oficiais e civis presentes.

Entre os destaques, a palestra “Guerra Cibernética para Decisores” evidenciou como a nova Guerra Fria é essencialmente híbrida e digital, desafiando a segurança de organizações públicas e privadas. Já a apresentação sobre “Transformação Tecnológica e Disrupção” reforçou a necessidade de alinhar estratégia e inovação em todos os níveis da administração nacional. O professor Abian Mendes Laginestra, da Kimoshiro Cybersecurity, foi reconhecido como conferencista emérito pelo comandante da ESG, General de Divisão Alexandre Oliveira Cantanhede Lago.

Cooperação interinstitucional como resposta estratégica

Um dos pontos altos do simpósio foi a participação de especialistas de diferentes origens — militares, acadêmicos e representantes da iniciativa privada — o que reforçou a necessidade de um esforço coordenado para enfrentar as ameaças digitais. As palestras e debates demonstraram que a segurança cibernética vai além da tecnologia, exigindo coordenação política, jurídica e organizacional.

A presença de múltiplos setores refletiu o próprio tema do simpósio: a multiplicidade de atores envolvidos em um ambiente cibernético que mistura fronteiras civis e militares, públicas e privadas. Esse multilateralismo interno é um modelo a ser seguido para ampliar a resiliência do Estado brasileiro, diante da crescente sofisticação das ações cibernéticas ofensivas de atores estatais e não estatais.

ESG como centro de pensamento estratégico em defesa cibernética

A realização do simpósio consolida a Escola Superior de Guerra (ESG) como um pólo de excelência em pensamento estratégico sobre cibersegurança. Ao reunir estagiários do Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia e promover o diálogo com especialistas, a instituição reafirma seu papel na formação de lideranças capacitadas para os desafios do século XXI.

Sob a organização do Curso Superior de Segurança e Defesa Cibernética, liderado pelo Coronel João Azevedo, o simpósio contribuiu para elevar a consciência nacional sobre os riscos e as oportunidades no domínio digital. A ESG fortalece, assim, seu compromisso com a formação de quadros estratégicos, preparados para lidar com a defesa da soberania em ambientes complexos e interconectados.

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