Escola de Guerra Naval completa 111 anos como referência em ensino militar

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Há mais de um século contribuindo para a formação de líderes e estrategistas da Marinha do Brasil, a Escola de Guerra Naval (EGN) celebra, neste 25 de fevereiro, seus 111 anos de existência. Criada em 1914, a instituição consolidou-se como um dos principais centros de ensino e pesquisa na área de defesa, preparando oficiais para a alta administração naval e para os desafios estratégicos do cenário marítimo. Além dos Cursos de Altos Estudos Militares, a EGN mantém um reconhecido Programa de Pós-Graduação em Estudos Marítimos, reafirmando seu compromisso com a inovação e a excelência acadêmica.
A história e evolução da Escola de Guerra Naval
Fundada em 25 de fevereiro de 1914, a Escola de Guerra Naval surgiu para atender à necessidade da Marinha do Brasil de contar com um centro de ensino voltado à formação de comandantes e oficiais de estado-maior. Inspirada no modelo do Naval War College, da Marinha dos Estados Unidos, a instituição teve, desde os primeiros anos, a presença de oficiais americanos como parte do corpo docente, refletindo uma forte influência da Missão Naval Americana.
Inicialmente denominada “Escola Naval de Guerra”, a instituição passou a ser chamada Escola de Guerra Naval (EGN) em 1930. Desde então, teve diversas sedes, todas na cidade do Rio de Janeiro, acompanhando o crescimento da estrutura da Marinha e a evolução das necessidades estratégicas do Brasil.
Ao longo de seus 111 anos, a EGN consolidou-se como um dos principais polos de ensino militar do país, ao lado da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) e da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR). Sua atuação tem sido essencial para a formação dos mais altos postos da Marinha, preparando oficiais para os desafios da defesa e da segurança marítima nacional.
A estrutura acadêmica e os cursos oferecidos
A Escola de Guerra Naval oferece um robusto programa de formação para oficiais de carreira da Marinha, com cursos voltados ao aprimoramento da estratégia, do planejamento militar e da administração naval. Entre os principais cursos oferecidos, destacam-se:
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Curso de Estado-Maior para Oficiais Superiores (CEMOS): com duração de um ano, é voltado para a capacitação dos oficiais que ocuparão postos estratégicos de comando e planejamento. Seu currículo inclui disciplinas como estratégia clássica, administração naval, direito, economia e planejamento militar, concluindo com um jogo de guerra. O CEMOS é um dos requisitos para a admissão no Curso de Política e Estratégia Marítimas (CPEM).
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Curso de Política e Estratégia Marítimas (CPEM): também com duração de um ano, destina-se aos capitães de mar e guerra que estão em vias de ascender ao posto de contra-almirante. O curso aprofunda os estudos sobre poder marítimo e poder naval, abordando temas de planejamento estratégico e conjunturas nacionais e internacionais relevantes para a Marinha do Brasil.
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Curso de Estado-Maior para Oficiais Intermediários (CEMOI) e Curso Superior na modalidade Ensino à Distância: complementam a formação dos oficiais que seguirão carreira na alta administração naval.
Além dos cursos de formação militar, a EGN mantém um Programa de Pós-Graduação em Estudos Marítimos, consolidado como referência acadêmica na pesquisa de temas ligados à estratégia marítima, geopolítica, segurança e defesa nacional. O programa atrai pesquisadores civis e militares, fortalecendo a produção de conhecimento sobre os desafios do Brasil no ambiente marítimo.
O papel da EGN na formação da alta administração naval e no pensamento estratégico brasileiro
Ao longo de seus 111 anos, a Escola de Guerra Naval tem sido fundamental para a formação de líderes e estrategistas da Marinha do Brasil. A instituição prepara oficiais para os mais altos postos de comando, garantindo que estejam capacitados para tomadas de decisão estratégicas e para enfrentar os desafios do cenário marítimo global.
O ambiente acadêmico da EGN promove não apenas a assimilação de doutrinas militares, mas também incentiva o pensamento crítico e a inovação. Durante o Curso de Política e Estratégia Marítimas (CPEM), por exemplo, os oficiais têm a oportunidade de analisar e discutir os documentos de alto nível da Marinha, contribuindo para o aprimoramento da própria estrutura da Força.
Além disso, a Escola desempenha um papel essencial na construção do pensamento estratégico do Brasil, acompanhando as transformações geopolíticas e os desafios da segurança marítima. Com um país que possui uma Amazônia Azul de mais de 5,7 milhões de km², a Marinha do Brasil precisa de uma visão estratégica moderna e adaptada às novas ameaças, como pirataria, pesca ilegal e disputas por recursos naturais no Atlântico Sul.
A Escola de Guerra Naval, ao completar 111 anos, reafirma seu compromisso com a formação de oficiais de excelência, o desenvolvimento de pesquisas estratégicas e o fortalecimento da presença marítima do Brasil. Como um dos principais centros de ensino militar do país, a EGN continua a desempenhar um papel essencial na defesa da soberania nacional e no planejamento do futuro da Marinha do Brasil.
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