Marinha capacita militares para Operações Ribeirinhas no Amazonas

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No município de Afuá, ao norte do Arquipélago do Marajó, a Marinha do Brasil está realizando o Adestramento de Operações Ribeirinhas (ADERIB II / 2024), que conta com a participação de 312 militares. Este exercício, iniciado em 31 de julho e com término previsto para amanhã, dia 8, é uma etapa crucial na preparação das tropas para a maior operação da Marinha na Amazônia, a “Ribeirex-2024”, prevista para novembro.

Objetivos e Importância do Adestramento

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Fuzileiros Navais operam em Embarcação de Transporte de Tropa – Imagem: 1T (RM2-T) Jonatas Hisamitsu

O Adestramento de Operações Ribeirinhas (ADERIB II / 2024) tem como objetivo principal preparar os militares para a Operação “Ribeirex-2024”, a maior operação da Marinha na Amazônia, prevista para novembro. Esse treinamento é fundamental para garantir a prontidão operacional das tropas, permitindo que elas estejam aptas a lidar com situações de conflito e defesa na região ribeirinha.

A realização deste exercício também reforça a soberania nacional na região amazônica, uma área estratégica para o Brasil. A presença constante da Marinha do Brasil no Canal Sul do Rio Amazonas e em outros pontos críticos assegura a defesa do território e a proteção dos recursos naturais, essenciais para a segurança e o desenvolvimento do país.

Além disso, as Operações Ribeirinhas desempenham um papel crucial na manutenção da ordem e da segurança nas vias fluviais da Amazônia, garantindo a livre circulação e o controle sobre atividades ilícitas, como o tráfico de drogas e a pesca ilegal. Esse treinamento capacita os militares a responderem eficazmente a essas ameaças, promovendo a paz e a estabilidade na região.

Detalhes do Exercício e Equipamentos Utilizados

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Militar opera metralhadora .50, no Navio-Auxiliar “Pará” – Imagem: 1T (RM2-T) Jonatas Hisamitsu

Durante o ADERIB II / 2024, diversas atividades e cenários foram simulados para preparar os militares para as complexidades das Operações Ribeirinhas. O treinamento incluiu a infiltração de uma organização paramilitar na Foz do Rio Amazonas, com ações de defesa concentradas na Ilha Piraiauara, nos Estreitos de Afuá, e no Aeródromo da cidade. Os militares tiveram a tarefa de conquistar e manter objetivos em terra, além de controlar o tráfego fluvial na região do conflito.

Para a execução das atividades, foram mobilizados diversos equipamentos e embarcações. Entre eles, o Navio-Auxiliar “Pará”, os Navios-Patrulha “Bracuí” e “Pampeiro”, três Lanchas de Ação Rápida e uma Lancha de Operações Ribeirinhas Blindada do Grupo de Embarcações Ribeirinhas do Norte. O Aviso de Patrulha “Tucunaré”, o Aviso-Auxiliar “Breves” e o Aviso Balizador “Marco Zero” também foram empregados no treinamento.

Além das embarcações, uma aeronave UH-15 Super Cougar, do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Norte, participou das operações, proporcionando suporte aéreo e aumentando a capacidade de resposta das tropas em situações de emergência. Essa combinação de recursos e a integração entre diferentes unidades da Marinha são essenciais para o sucesso das Operações Ribeirinhas.

Contexto Local e Impacto na Comunidade

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Ocupação de pontos estratégicos na cidade de Afuá – Imagem: 1T (RM2-T) Jonatas Hisamitsu

A escolha do município de Afuá para a realização do ADERIB II / 2024 se deve à sua localização estratégica ao norte do Arquipélago do Marajó, na Microrregião dos Furos de Breves. Conhecida como “Veneza Marajoara”, Afuá é caracterizada por suas palafitas e pela ausência de carros e motos, com os cerca de 40 mil habitantes se deslocando principalmente em bicicletas e a pé. A economia local é baseada na pesca, extração vegetal e agricultura.

Durante o exercício, os militares interagiram com a comunidade local, promovendo um intercâmbio cultural e fortalecendo os laços entre a Marinha e a população. Essa interação não só facilita a execução das operações, mas também gera benefícios econômicos e sociais para a região, estimulando o comércio local e aumentando a conscientização sobre a importância da presença militar na área.

O treinamento também destaca a importância de unidades de proteção ambiental, como o Parque Estadual Charapucu, localizado em Afuá. Essa Unidade de Proteção Integral abriga espécies de fauna e flora ameaçadas de extinção, ressaltando a necessidade de ações de defesa que também considerem a preservação do meio ambiente.

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