Jiu-jitsu chegou ao Brasil a bordo do Navio-Escola Benjamin Constant

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Poucos sabem, mas foi a bordo do Navio-Escola Benjamin Constant que o jiu-jitsu chegou ao Brasil em 1908. Durante uma missão de circunavegação, dois instrutores japoneses embarcaram no navio da Marinha do Brasil e iniciaram o treinamento dos militares brasileiros. Assim começava a trajetória dessa arte marcial no país, que hoje é referência mundial no esporte.
O papel da Marinha do Brasil na introdução do jiu-jitsu

A história do jiu-jitsu no Brasil tem origem na missão internacional do Navio-Escola Benjamin Constant, que em 1908, durante uma visita ao Japão, embarcou os mestres Sada Miyako e Kakihara. Eles passaram a instruir os marinheiros brasileiros, sob orientação do então Ministro da Marinha, Almirante Alexandrino de Alencar, entusiasta da prática como forma de fortalecer física e mentalmente os militares.
Com a chegada dos instrutores ao Brasil, o ensino da arte marcial japonesa foi gradualmente incorporado às rotinas dos quartéis, especialmente na Ilha de Villegagnon e na Ilha das Cobras, locais estratégicos da Marinha no Rio de Janeiro. Esse movimento marcou o início da prática organizada do jiu-jitsu em território nacional, bem antes de seu reconhecimento popular.
Evolução do jiu-jitsu brasileiro e seu reconhecimento mundial
A partir dessa semente plantada pela Marinha do Brasil, o jiu-jitsu encontrou solo fértil para crescer. Nas décadas seguintes, mestres japoneses como Mitsuyo Maeda — conhecido como Conde Koma — chegaram ao Brasil e contribuíram para a disseminação da técnica. Maeda teve papel importante na formação de figuras-chave, como os membros da família Gracie, que transformaram o jiu-jitsu em um estilo próprio e exportaram essa tradição para o mundo.

Esse desenvolvimento levou ao nascimento do jiu-jitsu brasileiro, caracterizado por técnicas refinadas de defesa pessoal e combate no solo. Sua projeção internacional se consolidou com o surgimento do Mixed Martial Arts (MMA) e competições como o Ultimate Fighting Championship (UFC), onde os praticantes do jiu-jitsu demonstraram a eficácia da arte marcial.
Jiu-jitsu hoje: das Forças Armadas às academias

Atualmente, o jiu-jitsu é praticado tanto em academias especializadas quanto em unidades das Forças Armadas. A Marinha do Brasil mantém viva essa tradição em centros como o Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN), que realiza campeonatos internos e participa de torneios nacionais entre as Forças Armadas.
A prática do esporte nas organizações militares reforça valores de disciplina, foco e respeito, além de trazer benefícios comprovados para a saúde física e mental dos praticantes. No Brasil e no exterior, o jiu-jitsu continua a conquistar novos adeptos, sendo reconhecido não apenas como uma técnica de combate, mas como um estilo de vida que promove qualidade de vida e bem-estar.
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