FAB lança Parque Tecnológico Aeroespacial na Bahia

A Base Aérea de Salvador foi palco de um momento histórico para o Nordeste e para o setor de defesa: o lançamento oficial do Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia (PITA-BA). Fruto da parceria entre a Força Aérea Brasileira (FAB), o SENAI CIMATEC e instituições públicas e privadas, o projeto marca o início de uma nova era para a inovação aeroespacial brasileira, aliando educação, indústria e soberania tecnológica.

Estrutura, objetivos e potencial do PITA-BA no setor aeroespacial brasileiro

Instalado na Base Aérea de Salvador (BASV), o Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia (PITA-BA) nasce como uma das mais ousadas iniciativas para fortalecer o setor aeroespacial no Brasil. Com uma área de quase 1 milhão de metros quadrados, o parque abrigará centros de pesquisa, laboratórios avançados, indústrias, startups e centros de formação voltados à aeronáutica, espaço, defesa e mobilidade aérea autônoma.

O projeto prevê, por exemplo, a instalação de Centros de Competência em Drones e Nanossatélites, além do curso técnico em manutenção de aeronaves do SENAI CIMATEC Aeroespacial. O objetivo é integrar formação de excelência, pesquisa aplicada e produção tecnológica, posicionando o PITA-BA como uma plataforma de inovação com foco na soberania nacional e na inserção do Brasil no mercado aeroespacial global.

Parcerias estratégicas e papel da FAB, SENAI CIMATEC e instituições públicas

A criação do PITA-BA só foi possível graças à articulação entre a Força Aérea Brasileira, o Ministério da Defesa, o Governo da Bahia, o SENAI CIMATEC e parceiros como a ANAC, a Agência Espacial Brasileira e empresas do setor, como Helisul Táxi Aéreo, Digex Aircraft, FCX Aero, Aba On Tech, Viasat Brasil e Innex.

Durante a cerimônia, o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Damasceno, destacou que a iniciativa representa mais do que um centro de tecnologia: trata-se de um “futuro de oportunidades” que nasce da união de esforços em prol do progresso. Já o SENAI CIMATEC, representado por seu diretor-geral, Leoni Andrade, celebrou a “sinergia institucional” que permitiu o avanço célere do projeto.

O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), que recentemente instalou um escritório avançado na BASV, também foi apontado como elemento-chave para garantir a continuidade da inovação e o fortalecimento da base de pesquisa e desenvolvimento da FAB no Nordeste.

Impactos esperados para o desenvolvimento tecnológico e socioeconômico da região Nordeste

Mais do que um investimento em tecnologia, o PITA-BA representa um projeto estruturante para o desenvolvimento regional do Nordeste. A expectativa é de que a instalação gere empregos qualificados, aumente a capacidade de inovação local e crie um ecossistema dinâmico entre educação técnica, setor produtivo e defesa.

O parque será também uma referência para a retenção de talentos e o fomento de novas empresas, além de fortalecer a atuação brasileira nos setores estratégicos de defesa e aeroespaço. Como destacou o Tenente-Brigadeiro Walcyr Araújo, do Ministério da Defesa, “o PITA-BA representa um novo eixo de desenvolvimento para os produtos de defesa aérea do Brasil”, projetando Salvador como capital da inovação no setor.