Exército testa M109 A5 para validar poder de fogo

Com um eco retumbante que ressoou pelos campos de Três Barras (SC), o Exército Brasileiro realizou, no dia 12 de maio, uma jornada de tiros com o moderno obuseiro M109 A5, equipamento de artilharia autopropulsada. O objetivo foi testar a carga de projeção M4 da munição de 155 mm, um passo essencial para validar seu uso em combate. A ação integrou diversas unidades da 5ª Divisão de Exército, demonstrando a coesão operacional da força terrestre.

Avanço técnico e validação operacional

O M109 A5 é uma peça-chave da Artilharia brasileira, com autonomia, precisão e capacidade de disparar munições de longo alcance. A carga M4, alvo do exame balístico, representa um incremento relevante no desempenho do armamento, permitindo maior alcance e efeitos letais. O teste envolveu 11 disparos utilizando tanto a carga M3 quanto a M4, no Campo de Instrução Marechal Hermes, um dos principais centros de ensaio do país. O sucesso na validação das cargas M4 abre caminho para o uso operacional com segurança e eficiência.

Além da dimensão técnica, esse tipo de validação balística é fundamental para garantir que o material revitalizado — como os nove obuseiros M109 A5 e um M109 A5+Br, recuperados pelo Parque Regional de Manutenção/5 — possa entrar em operação com plena capacidade de resposta, ampliando o poder de fogo e a flexibilidade tática da Força Terrestre.

Integração e preparo das tropas

O exercício contou com a mobilização de múltiplas frações da 5ª Região Militar e da Artilharia Divisionária da 5ª Divisão de Exército, além de unidades de apoio logístico e comunicações. Essa articulação entre diferentes áreas evidencia a capacidade do Exército de operar em sinergia, um requisito essencial para o êxito em cenários reais de combate. Participaram também o Centro de Avaliações do Exército, responsável pela aferição técnica dos disparos, e grupos de artilharia como o 15º e o 5º GAC AP.

A integração entre logística, tecnologia e artilharia operacionaliza o conceito de forças combinadas, e reforça a capacidade do Exército em atuar com rapidez e precisão em diferentes teatros operacionais. O sucesso do exercício é reflexo direto de um planejamento meticuloso e da formação contínua das tropas envolvidas.

Estratégia e modernização da Defesa Nacional

Em tempos de crescente complexidade geopolítica, o Brasil investe em manter sua capacidade dissuasória atualizada. Os testes com o M109 A5 e a munição M4 se inserem no esforço contínuo de modernização da Força Terrestre, consolidando sua postura estratégica em defesa da soberania nacional. Equipamentos revitalizados, municiamento testado e tropas treinadas são elementos centrais de uma doutrina militar eficaz.

Essa iniciativa integra o programa mais amplo de reequipamento do Exército Brasileiro, alinhado ao Plano Estratégico do Exército e às diretrizes de Defesa Nacional. O sucesso do teste balístico contribui não apenas para a capacidade imediata das unidades, mas também para a evolução doutrinária e o aperfeiçoamento dos procedimentos de combate de artilharia.