Espaço Cultural da Marinha reúne navios históricos que marcaram a história naval

Navio de guerra atracado no porto sob sol forte.
Não fique refém dos algoritmos, nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias.

Quem visita o Espaço Cultural da Marinha, no centro do Rio de Janeiro, faz uma verdadeira viagem no tempo ao embarcar em navios que fizeram história na defesa do Brasil. O local reúne ícones como o CTE “Bauru”, o Submarino “Riachuelo” e o centenário Rebocador “Laurindo Pitta”, além de aeronaves e uma réplica da Nau do Descobrimento. A iniciativa da Marinha do Brasil reforça a importância de preservar a memória naval brasileira e estimular a consciência marítima nacional.

As Características e Missões Históricas dos Navios-Museu da Marinha

O destaque entre os navios-museu é o Contratorpedeiro de Escolta “Bauru”, adquirido dos Estados Unidos em 1944 e que participou de missões críticas durante a Segunda Guerra Mundial, como a caça a submarinos inimigos, a escolta de comboios aliados e o apoio aéreo à evacuação de tropas na Europa. Após décadas de serviço ativo, o Bauru foi transformado em navio-museu em 1982, oferecendo hoje uma visão detalhada da vida a bordo em tempos de guerra.

Submarino em exposição no porto, cidade ao fundo.

Outro ícone é o Submarino “Riachuelo”, incorporado à MB em 1977 e transformado em museu em 1997, permitindo ao público explorar um dos ambientes mais restritos e estratégicos da Força Naval. Já o Rebocador “Laurindo Pitta”, com mais de um século de história, teve participação ativa na Primeira Guerra Mundial, operando ao lado das divisões aliadas na costa da África. Atualmente, o Laurindo Pitta segue operacional, oferecendo passeios turísticos pela Baía de Guanabara, com contextualização histórica a bordo.

A cidade de Belém (PA) também abriga um navio-museu: a Corveta “Solimões”, que passa por processo de revitalização e deverá reabrir ao público durante a COP-30, em 2025.

A Importância da Visitação Pública para a Consciência Marítima Nacional

Mais do que preservar embarcações históricas, os navios-museu têm uma função educativa essencial: fortalecer a consciência marítima da população brasileira. Segundo o historiador Primeiro-Sargento Robert Wagner Porto da Silva Castro, os navios são “fatores materiais fundamentais para a preservação da memória da sociedade sobre a participação da Marinha do Brasil em diferentes momentos históricos.

A exposição dos meios navais ao público permite que brasileiros de todas as idades entendam a importância do mar para o país, especialmente considerando que 95% das exportações brasileiras dependem da via marítima. As visitas ao Espaço Cultural da Marinha, abertas ao público de terça a domingo, promovem um encontro direto entre a sociedade e a história militar e marítima.

Além das embarcações, o ECM oferece atividades como passeios até a Ilha Fiscal e navegação pela entrada da Baía de Guanabara, proporcionando uma experiência única que une cultura, lazer e educação.

O Espaço Cultural da Marinha como Centro de Preservação da História Naval Brasileira

O Espaço Cultural da Marinha (ECM) vai além de um museu convencional. Instalado nas antigas docas da Alfândega, no coração do Boulevard Olímpico, o local se consolidou como um dos maiores centros de preservação da história naval brasileira.

Entre os atrativos, destacam-se a réplica da Nau do Descobrimento, construída para as comemorações dos 500 anos da chegada de Cabral ao Brasil, um helicóptero, um avião de ataque e um carro de combate, compondo um circuito expositivo integrado que aborda desde os tempos da Expansão Marítima Portuguesa até as operações navais contemporâneas.

Com infraestrutura acessível, incluindo horários especiais para atendimento a pessoas com deficiência intelectual, o ECM reforça o papel da Marinha do Brasil como guardiã não apenas da soberania marítima, mas também da memória naval nacional.

Participe no dia a dia do Defesa em Foco

Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395

Apoio

Publicações Relacionadas