Com 33 anos de serviço, Suboficial da Marinha transmite paixão pela cozinha ao filho

Dois chefs cortando legumes em cozinha profissional.
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Com 33 anos de dedicação à Marinha do Brasil, o Suboficial Marcelo Gomes Pinto é um exemplo de paixão e comprometimento com a profissão. Atuando na área de alimentação militar, ele inspirou o filho, o Terceiro-Sargento João Marcelo Pereira Pinto, a trilhar o mesmo caminho. A história da família é marcada por desafios, superações e, principalmente, pelo amor à farda branca e à missão de cuidar da tropa por meio da gastronomia.

A trajetória profissional do Suboficial Marcelo: de aprendiz a referência em gastronomia militar

A carreira do Suboficial Marcelo começou há mais de três décadas, quando ingressou na Marinha do Brasil por influência do pai, Vailton, policial militar da reserva, e do tio Erasmo, ex-militar da Marinha. A escolha pela especialidade de cozinheiro militar veio após um teste vocacional. O início foi desafiador, sem experiência prévia, mas o tempo trouxe a paixão e o aprimoramento técnico.

Ao longo de sua trajetória, Marcelo serviu em 13 Organizações Militares, com passagens marcantes por locais como São Pedro da Aldeia, a Antártica e o Estado-Maior da Armada. Também esteve a bordo de diversas unidades navais, incluindo a Fragata Niterói e o Navio de Apoio Oceanográfico “Almirante Maximiano”, durante a Operação Antártica XXXV.

Homem sorrindo na Antártida com navio ao fundo.

Entre suas conquistas, destaca-se o primeiro lugar no 1º Concurso de Gastronomia das Forças Armadas, em 2005, com um prato à base de lombinho ao molho de cerefólio. Além disso, o Suboficial é conhecido pela introdução de apresentações gastronômicas diferenciadas, como a famosa paella ao vivo, realizada inicialmente na Força de Submarinos e depois replicada em diversas ocasiões.

Marcelo sempre buscou capacitação constante, realizando cursos dentro e fora da Marinha, inclusive com estágios em hotéis e participação em eventos gastronômicos civis.

Pai e filho na mesma missão: o impacto da herança familiar na Marinha do Brasil

Dois chefs sorrindo em uma cozinha profissional.

O orgulho da carreira foi transmitido ao filho, João Marcelo, que também optou pela especialidade de cozinheiro militar. Servir lado a lado com o pai foi um dos momentos mais emocionantes da trajetória de ambos. Durante o período em que estiveram na mesma unidade, a troca de experiências profissionais e pessoais fortaleceu ainda mais os laços familiares.

João Marcelo reconhece a influência paterna: “Meu pai sempre foi uma inspiração, tanto pela dedicação à tropa quanto pelo amor à profissão. Compartilhar o ambiente de trabalho com ele me motivou a buscar constante aprimoramento”, afirmou o Terceiro-Sargento.

A convivência profissional entre pai e filho dentro da Marinha do Brasil tornou-se exemplo de tradição militar familiar, mostrando que o legado de serviço à Pátria pode, literalmente, passar de geração em geração.

A importância da alimentação militar: o papel estratégico da cozinha na motivação e saúde da tropa

O Suboficial Marcelo é categórico ao afirmar que a alimentação é um dos pilares do bem-estar e da motivação da tropa. Para ele, a qualidade da refeição pode influenciar diretamente o desempenho dos militares, especialmente em missões de longa duração ou em ambientes de clima extremo, como no mar ou na Antártica.

“O preparo das refeições exige técnica e responsabilidade. Uma alimentação adequada não é apenas questão de logística; é também um fator de saúde, moral e espírito de corpo”, destaca.

Ao longo de sua carreira, Marcelo enfrentou os desafios logísticos de cozinhar a bordo de navios, com recursos limitados e condições climáticas adversas. Ainda assim, manteve o compromisso com a excelência e a criatividade, surpreendendo a tropa com pratos elaborados mesmo em situações operacionais.

Atualmente, lotado na Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, o Suboficial continua servindo com o mesmo entusiasmo de quando iniciou a carreira. Seu conselho aos jovens que pensam em seguir a profissão militar é claro: “A atividade exige técnica, dedicação e, acima de tudo, paixão por servir ao próximo.”

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