Entrevista TV EGN: Amazul e os Avanços Nucleares no Brasil

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Em uma entrevista reveladora com o Vice-Almirante Newton de Almeida Costa Neto, CEO da Amazul, a TV EGN explora as diversas aplicações e os significativos avanços da tecnologia nuclear no Brasil.

O Papel da Amazul e Projetos de Energia Nuclear

Fundada em 2013, a Amazul apoia o Programa Nuclear da Marinha do Brasil e o desenvolvimento de submarinos com propulsão nuclear. Com mais de 80% de sua força de trabalho dedicada a esses projetos, a Amazul desempenha um papel fundamental no avanço da tecnologia nuclear no país.

Um dos projetos significativos em que a Amazul está envolvida é a extensão da vida útil da usina nuclear de Angra por mais 20 anos. Esta extensão adicionará mais de 600 MW de energia anualmente, beneficiando imensamente o setor energético do Brasil. Além disso, a Amazul contribui para a medicina nuclear produzindo radioisótopos no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), apoiando tratamentos médicos em todo o país.

Expertise e Recursos Humanos

A Amazul é o maior empregador de engenheiros nucleares no Brasil, com uma parte significativa de sua força de trabalho formada por engenheiros da UFRJ. Este pool de expertise é crucial para diversos projetos nucleares, incluindo a usina nuclear de Angra e o desenvolvimento de reatores nucleares.

Reator Multipropósito Brasileiro (RMB)

O projeto do RMB é um marco significativo na pesquisa nuclear e nas aplicações médicas do Brasil. Ele visa produzir mais de 30 radioisótopos e radiofármacos, oferecendo uma alternativa econômica e prontamente disponível aos materiais importados. O reator também apoiará o desenvolvimento de combustíveis nucleares e contribuirá para várias iniciativas de pesquisa.

Avanços na Propulsão Nuclear de Submarinos

O desenvolvimento de submarinos com propulsão nuclear tem impulsionado as capacidades industriais e tecnológicas do Brasil. Os rigorosos padrões de qualidade e controle exigidos para esses projetos têm aplicações mais amplas, incluindo o desenvolvimento de dispositivos médicos avançados, como dispositivos de assistência ventricular.

Transição Energética e o Papel da Energia Nuclear

A energia nuclear desempenha um papel crucial na transição dos combustíveis fósseis para as energias limpas. Ao contrário da energia solar e eólica, a energia nuclear fornece um suprimento de energia estável e contínuo. O Vice-Almirante Neto destacou a confiabilidade e segurança da energia nuclear, enfatizando seu potencial para garantir a segurança energética.

Desafios e Perspectivas Futuras

O Brasil possui reservas substanciais de urânio, mas apenas uma fração do território foi explorada. Esforços estão em andamento para aumentar as capacidades de enriquecimento de urânio, visando à autossuficiência e à potencial capacidade de exportação. Gerenciar e reter pessoal qualificado permanece um desafio, dada a alta demanda por engenheiros nucleares em outros setores.

Conclusão

O Vice-Almirante Newton de Almeida Costa Neto destacou a importância de educar o público sobre os benefícios da energia nuclear, afastando-se de suas associações negativas. Ele incentivou os jovens a buscarem estudos nas áreas nucleares para apoiar os avanços do Brasil. Com esforços e investimentos contínuos, o setor nuclear do Brasil está posicionado para um crescimento significativo, contribuindo para a segurança energética e o avanço tecnológico do país.

Este panorama abrangente dos avanços e das perspectivas futuras do setor nuclear no Brasil sublinha o papel crítico da energia nuclear no desenvolvimento do país. À medida que o Brasil enfrenta os desafios e as oportunidades no setor nuclear, as contribuições de entidades como a Amazul e a dedicação de sua força de trabalho permanecem fundamentais.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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