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Ministério da Defesa e CNI firmam acordo para fortalecer a Base Industrial de Defesa

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Nesta terça-feira (8), o Ministério da Defesa (MD) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) firmaram um acordo para fortalecer a Base Industrial de Defesa brasileira. O compromisso de seis anos tem como objetivo monitorar cenários nacionais e internacionais, identificando necessidades e oportunidades para o desenvolvimento do setor, que hoje representa 3,58% do PIB e gera cerca de 2,9 milhões de empregos no Brasil.

Impacto do Acordo no Setor de Defesa e na Economia Brasileira

A Base Industrial de Defesa é crucial para o desenvolvimento econômico do Brasil. Além de representar 3,58% do Produto Interno Bruto (PIB), o setor gera 2,9 milhões de empregos diretos e indiretos no país, abrangendo 252 empresas de defesa cadastradas no Ministério da Defesa. Em 2024, as exportações de produtos de defesa chegaram a US$ 1,6 bilhão, reforçando a importância estratégica dessa área.

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Acordo assinado pelo Ministro da Defesa e pelo Presidente da CNI visa fortalecer indústria de defesa nacional – Imagem: Hisaac Gomes/MD

O acordo firmado entre o MD e a CNI tem como foco ampliar o potencial da indústria de defesa em setores como cibersegurança, satélites e o segmento aeroespacial, áreas estratégicas para a soberania e o desenvolvimento nacional. A parceria também prevê o monitoramento de aspectos financeiros e tecnológicos, além de analisar impactos econômicos e sociais que afetam diretamente a expansão da indústria.

Fortalecimento dos Programas Estratégicos das Forças Armadas

O acordo busca garantir o fortalecimento de programas estratégicos das Forças Armadas, como o Programa de Submarinos e o de Fragatas da Classe “Tamandaré”, que impulsionam não apenas o setor de defesa, mas também a indústria eletrônica, naval, química e de energia nuclear. Esses programas são responsáveis pela criação de mais de 60 mil postos de trabalho e promovem avanços tecnológicos que beneficiam outras áreas, como a produção de radioisótopos, essenciais para o tratamento de doenças cardíacas e oncológicas.

O Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, destacou a importância de previsibilidade orçamentária para garantir a continuidade desses projetos, afirmando que as Forças Armadas sofreram uma redução de 47% nos investimentos. A busca por maior consistência nos recursos é vista como essencial para que o Brasil mantenha sua capacidade de defesa e inovação tecnológica.

Inovação e Cooperação entre Ministério da Defesa e CNI

A parceria entre o Ministério da Defesa e a CNI representa uma inovação no foco estratégico da indústria de defesa. O acordo visa gerar dados precisos que servirão como base para decisões do alto comando das Forças Armadas, especialmente em tempos de restrições orçamentárias. Segundo o Contra-Almirante Ricardo Yukio Iamaguchi, a capacidade de gerenciar e transformar informações em estratégias eficazes será crucial para a condução dos atuais programas militares.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, também ressaltou que o acordo ajudará a aumentar a compreensão da sociedade sobre a importância da indústria de defesa para o desenvolvimento nacional. Essa colaboração ampliará o potencial do Brasil em segmentos de alta tecnologia e inovação, garantindo que o país permaneça competitivo no cenário global.

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