Marinha participa de intercâmbio em Guerra Eletrônica com Exército e FAB

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Na era dos conflitos híbridos, a Guerra Eletrônica (GE) tornou-se peça-chave da Defesa Nacional. Em maio, militares do Centro de Guerra Acústica e Eletrônica da Marinha (CGAEM) participaram de uma série de visitas técnicas a unidades do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira, promovendo o intercâmbio de conhecimentos e a integração operacional entre as três Forças.
Integração técnica e doutrinária em Guerra Eletrônica entre as Forças
Durante a segunda quinzena de maio, a comitiva da Marinha percorreu importantes Organizações Militares do Exército e da FAB em Brasília (DF) e Anápolis (GO). No Exército Brasileiro, os militares visitaram o 1º Batalhão de Guerra Eletrônica, a Escola de Inteligência Militar e o Centro de Instrução de Guerra Eletrônica, tendo acesso a técnicas e doutrinas voltadas ao controle do espectro eletromagnético em ambientes operacionais complexos.
Na Força Aérea Brasileira, o destaque ficou para as capacidades embarcadas em aeronaves como o KC-390, plataforma estratégica com sistemas de Inteligência de Sinais (SIGINT) e autodefesa eletrônica. A visita incluiu ainda o Comando de Operações Aeroespaciais, o 1º Grupo de Defesa Aérea, o 2º/6º Grupo de Aviação, o 3º Grupo de Defesa Antiaérea e o 1º Grupo de Transporte de Tropas.
Esse intercâmbio técnico fomentou o alinhamento doutrinário, essencial para o desenvolvimento de operações conjuntas que envolvam cenários com presença de ameaças eletrônicas, como interferências, bloqueios e ações de reconhecimento passivo ou ativo.
A importância da cooperação para a defesa no domínio eletromagnético
A cooperação interforças na área de Guerra Eletrônica fortalece não apenas o preparo técnico, mas também a confiança institucional entre os profissionais das três Forças Armadas. Em um cenário global onde os conflitos multidomínio se tornam cada vez mais frequentes, o domínio do espectro eletromagnético é determinante para alcançar superioridade situacional.
Além de promover o intercâmbio de conhecimento, as visitas permitiram a troca de experiências sobre inteligência de sinais, imagens e defesa cibernética, ampliando o leque de ações coordenadas frente às ameaças tecnológicas emergentes. A sinergia alcançada nas interações entre Marinha, Exército e FAB contribui para a formação de uma mentalidade conjunta voltada para a inovação e a defesa da soberania nacional.
Esse tipo de iniciativa ainda reforça a capacidade de resposta rápida frente a situações de crise, como ataques eletrônicos a sistemas de comando e controle, redes logísticas ou infraestrutura crítica.
CGAEM como polo de excelência da Marinha em Guerra Eletrônica
Subordinado ao Comando Naval de Operações Especiais, o Centro de Guerra Acústica e Eletrônica da Marinha (CGAEM) é hoje referência em capacidade tecnológica, ensino especializado e suporte técnico-operacional em GE e Guerra Acústica (GA). Sua atuação é vital na ampliação da consciência situacional marítima e na proteção dos sistemas navais contra interferências eletromagnéticas hostis.
O CGAEM investe continuamente na formação de pessoal qualificado, no desenvolvimento de tecnologias embarcadas e na análise de ameaças híbridas, que mesclam elementos físicos, cibernéticos e eletrônicos. Integrando-se a iniciativas interforças como essa, o centro projeta a Marinha como ator ativo na construção de uma postura dissuasória de Defesa.
A presença de seus militares em ações conjuntas com o Exército e a FAB reforça a ideia de que a Guerra Eletrônica, combinada com a Guerra Cibernética, é parte estratégica do presente e do futuro da segurança nacional.
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