Garimpo ilegal sofre golpe com ações coordenadas da Ágata 2025

Operação policial em casa flutuante na floresta.
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Em uma das maiores ofensivas recentes contra o garimpo ilegal na Amazônia, a Operação Ágata 2025 desmontou dez dragas clandestinas que operavam nos rios da floresta. Com apoio do ICMBio e da Polícia Federal, tropas da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro realizaram ações de patrulhamento fluvial, inspeções e apreensões, impondo perdas severas às estruturas criminosas e reafirmando a presença do Estado na Amazônia Ocidental.

Ações integradas: como Marinha, Exército, PF e ICMBio atuam no combate ao garimpo

Equipe em balsa navegando por rio na floresta amazônica.

A complexidade geográfica da Amazônia Ocidental, somada à sofisticação de algumas estruturas ilegais, exige operações conjuntas e altamente coordenadas. Na fase mais recente da Operação Ágata 2025, as Forças Armadas, em parceria com a Polícia Federal e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), localizaram e inutilizaram dez dragas ilegais, além de apreenderem combustível, armamento e mercúrio – este último, uma substância altamente tóxica utilizada na separação do ouro.

O uso de aeronaves de reconhecimento, patrulhamento fluvial intensivo e inspeções navais têm permitido uma resposta rápida às denúncias e movimentações suspeitas. A atuação das tropas embarcadas nos meios fluviais da Marinha e do Exército proporciona cobertura em locais de difícil acesso, muitas vezes encobertos pela densa floresta. O sucesso das ações reafirma a importância da integração operacional entre Defesa e órgãos ambientais e de segurança pública.

Impacto ambiental e social do garimpo ilegal: o que está em jogo na Amazônia

Barco militar patrulhando rio na floresta tropical.

Mais do que uma infração econômica, o garimpo ilegal é um atentado contínuo contra o meio ambiente e a saúde das populações tradicionais. O uso de mercúrio, como o apreendido no Rio Puruê, contamina os rios e afeta a fauna aquática, comprometendo a cadeia alimentar e os recursos hídricos de comunidades indígenas e ribeirinhas. Estudos já mostram níveis alarmantes de mercúrio em peixes e em seres humanos que vivem próximos a áreas de extração clandestina.

Além disso, os garimpos são frequentemente associados a trabalho precário, violência armada, tráfico de armas e drogas, e à desestruturação cultural e social de comunidades inteiras. Ao combater essas práticas, a Operação Ágata 2025 atua também como um instrumento de proteção à saúde pública, aos direitos humanos e à sustentabilidade da floresta.

Comando APOENA e a presença estratégica do Estado na fronteira verde

Conduzida pelo Comando Conjunto APOENA e coordenada pelo Ministério da Defesa, a Operação Ágata Amazônia 2025 tem uma função estratégica clara: reforçar a presença do Estado brasileiro na Amazônia, especialmente nas regiões de fronteira e em áreas com baixa densidade institucional. Com uma área de atuação que ultrapassa 510 mil quilômetros quadrados, a operação simboliza o olhar atento e a mão firme da soberania nacional sobre a “fronteira verde”.

O nome “Apoena”, que significa “aquele que enxerga além do horizonte”, resume o espírito da operação. Ao mesmo tempo em que combate crimes ambientais e protege o território, a Ágata leva assistência médica, cidadania e valorização dos símbolos nacionais às comunidades mais distantes. Essa abordagem multissetorial reforça a autoridade do Estado e projeta a força institucional das Forças Armadas como instrumento de paz, defesa e preservação.

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