Fragata Tamandaré entra na fase final com sistemas integrados ativados

Navio de guerra em construção no estaleiro brasileiro.
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Em Itajaí, no coração do polo naval catarinense, a Fragata “Tamandaré” (F200) entra na reta final de sua construção, com a ativação dos dois principais sistemas integradores: o Sistema de Gerenciamento de Combate (CMS) e o Sistema Integrado de Gestão da Plataforma (IPMS). Com testes no mar previstos para julho, o navio-escolta mais moderno da Marinha do Brasil já se prepara para entrar em operação, consolidando um novo patamar tecnológico na frota brasileira.

Sistemas CMS e IPMS: arquitetura tecnológica e operação integrada

Consoles de controle com monitores e teclados em fila.
Foto: Emgepron

O CMS (Combat Management System) da Fragata Tamandaré, desenvolvido em parceria entre a brasileira Atech e a alemã Atlas Elektronik, é responsável pela integração de 22 subsistemas de combate. Ele atua como o “cérebro tático” do navio, coordenando sensores, armamentos e comunicações para garantir consciência situacional plena e capacidade de reação imediata em situações de combate.

Consoles de controle EMGEPRON em uma sala industrial.
Foto: Emgepron

Já o IPMS (Integrated Platform Management System), fruto da colaboração entre Atech e a canadense L3Harris, opera como o “sistema nervoso” da plataforma. Ele monitora e controla 68 sistemas embarcados, que incluem propulsão, energia, sistemas auxiliares e controle de avarias. Ambos os sistemas foram projetados para oferecer resiliência, confiabilidade e automação, elevando o grau de autonomia e eficiência operacional do navio.

Transferência de tecnologia e fortalecimento da Base Industrial de Defesa

Um dos diferenciais do Programa Fragatas Classe Tamandaré (PFCT) é seu robusto componente de transferência de tecnologia. O desenvolvimento e integração dos sistemas CMS e IPMS com participação direta da Atech, empresa estratégica de defesa do grupo Embraer, demonstra como o projeto tem contribuído para internalizar competências críticas na indústria nacional.

Além de absorver conhecimento, o programa impulsiona a formação de mão de obra especializada, investimentos em inovação e consolida parcerias com empresas estrangeiras em moldes que garantem soberania tecnológica. O legado da Fragata Tamandaré vai além da construção naval: ele reverbera em laboratórios, universidades e centros de pesquisa em todo o país.

Programa Fragatas Classe Tamandaré: cronograma, impactos e legado

Sob gestão da EMGEPRON e da Sociedade Águas Azuis — consórcio formado por TKMS, Embraer Defesa & Segurança e Atech — o PFCT prevê a entrega de quatro fragatas até 2029, todas construídas no TKMS Estaleiro Brasil Sul, em Itajaí (SC). A Fragata Tamandaré, primeira da classe, terá seus testes de aceitação no mar iniciados em julho, com entrega programada para o final de 2025.

As FCTs são navios-escolta de última geração, voltados à proteção de áreas estratégicas, combate a ameaças aéreas, de superfície e submarinas, além de apoio a operações de paz e segurança marítima. Com o PFCT, a Marinha do Brasil fortalece sua capacidade dissuasória e projeta poder com base em tecnologia nacional, um passo decisivo para consolidar o Brasil como potência marítima no século XXI.

Com informações da Emgepron

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