FAB intercepta aeronaves em área restrita durante Cúpula do BRICS

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Enquanto chefes de Estado se reuniam no Rio, a FAB manteve vigilância total com aeronaves A-29 e E-99, impedindo violações do espaço aéreo em uma das operações mais complexas de segurança já vistas em eventos internacionais no Brasil.
Como funcionam as áreas de exclusão aérea e o papel do COMAE e DECEA
Durante a Cúpula do BRICS 2025, realizada de 4 a 7 de julho no Rio de Janeiro, a Força Aérea Brasileira (FAB) implementou rígidas medidas de controle do espaço aéreo. Por meio do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), foram ativadas áreas de exclusão temporária — classificadas em zonas branca, amarela e vermelha — para garantir a segurança das delegações estrangeiras.
Essas áreas funcionam com base no Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA), exigindo que qualquer aeronave que entre na região controlada apresente plano de voo completo (PVC), mantenha transponder ativado e esteja em contato com os órgãos de controle. O não cumprimento dessas exigências pode classificar a aeronave como suspeita ou hostil, sendo alvo de Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA).
A Sala Master de Comando e Controle, montada no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), funcionou como núcleo estratégico da operação, com autonomia para autorizar, suspender ou cancelar voos conforme a situação aérea em tempo real.
Interceptações reais: atuação dos A-29 Super Tucano e da aeronave E-99
A atuação da FAB foi posta à prova quando três aeronaves violaram as zonas de exclusão aérea no fim de semana da Cúpula. Duas delas, com modelos não especificados, foram detectadas voando em áreas restritas e interceptadas por caças A-29 Super Tucano. Após contato, foram escoltadas e orientadas a corrigir suas rotas pelos órgãos de controle.
O terceiro caso envolveu um helicóptero em tráfego irregular, que ao avistar o caça A-29, deixou imediatamente a zona proibida e pousou em um local isolado. A FAB informou a posição às forças de segurança, que tomaram as providências necessárias em solo.
Durante toda a operação, uma aeronave E-99 permaneceu em voo, realizando a vigilância eletrônica e servindo como centro aéreo de comando e controle. Com radar de varredura aérea e capacidade de acompanhamento em tempo real, o E-99 foi essencial para detectar e coordenar as ações em um espaço aéreo altamente sensível.
A prontidão da FAB e o modelo de resposta para eventos internacionais
A mobilização da FAB incluiu não apenas os A-29 Super Tucano e o E-99, mas também aeronaves F-5M, KC-390 Millennium (reabastecimento em voo) e helicópteros H-60L Black Hawk, compondo um sistema de defesa robusto e versátil. Essa estrutura multidimensional permitiu uma resposta rápida e coordenada a qualquer ameaça potencial.
A operação reforça o padrão de prontidão da FAB em eventos internacionais de alta complexidade. O treinamento dos pilotos, os protocolos da MPEA e a sinergia entre radares, caças e centros de controle evidenciam o grau de profissionalismo e capacidade tecnológica da Força Aérea Brasileira.
Com vigilância constante, protocolos rigorosos e capacidade de reação imediata, a FAB cumpriu seu papel estratégico: garantir a soberania do espaço aéreo brasileiro e proteger as autoridades reunidas no BRICS.
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