Exércitos do Brasil e EUA alinham plano de intercâmbio até 2030

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Em clima de respeito estratégico e alinhamento de objetivos, o Exército Brasileiro e o Exército dos EUA finalizaram a 41ª Conferência Bilateral de Estado-Maior com um marco: o delineamento do plano de ações conjuntas até 2030. Entre os 49 acordos firmados estão novos cursos, posições de ligação e trocas de experiências táticas e tecnológicas. A parceria reafirma o papel do Brasil no cenário de defesa internacional.
Interoperabilidade e desenvolvimento de capacidades combinadas
Um dos pilares centrais da CBEM 2025 foi a continuidade e expansão da Operação CORE, que simboliza o grau de maturidade da interoperabilidade entre as duas forças terrestres. A conferência reafirmou o envio de oficiais de ligação e instrutores aos dois países, além de missões de intercâmbio operacional. Essas medidas garantem que os militares compartilhem não apenas doutrina, mas também experiências práticas de combate, comando e controle.
Outro destaque foi a ênfase em capacidades combinadas, com desenvolvimento conjunto de protocolos operacionais e alinhamento de estratégias para atuação em cenários internacionais. O objetivo é consolidar um padrão de atuação coordenada que permita ação integrada em operações de coalizão, refletindo os desafios contemporâneos da segurança global.
Educação, ciência e tecnologia como pilares da cooperação
A área de educação militar ganhou protagonismo na CBEM, com a previsão de realização de diversos cursos nos dois países. Oficiais brasileiros poderão frequentar instituições renomadas nos Estados Unidos, ao passo que militares norte-americanos virão ao Brasil para atividades em centros de excelência do Exército Brasileiro.
Além da formação, foram discutidos convênios em ciência e tecnologia, incluindo transferência de conhecimento, pesquisa aplicada e inovação militar. A troca de experiências visa potencializar áreas como cibernética, comunicações táticas e simulação de combate, ampliando a base de conhecimento compartilhado e promovendo avanços doutrinários e tecnológicos.
CBEM como instrumento de diplomacia militar e projeção estratégica
Mais do que uma agenda técnica, a Conferência Bilateral de Estado-Maior é um instrumento de diplomacia militar, que fortalece laços estratégicos e posiciona o Brasil como um ator relevante nas relações de defesa no Hemisfério Ocidental. A CBEM é fruto de décadas de confiança mútua e serve como plataforma para ampliar o entendimento entre as nações, reforçando valores comuns como democracia, profissionalismo e soberania.
O alinhamento do plano plurianual de 2027 a 2030 é reflexo da visão de longo prazo das duas instituições. Ao consolidar compromissos, estabelecer metas conjuntas e investir em interoperabilidade, ciência e formação, Brasil e Estados Unidos reforçam seu papel como parceiros estratégicos na manutenção da paz e estabilidade regional.
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